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domingo, 10 de junho de 2018

Assim como eu não quis a extrema esquerda, não quero a extrema direita



Sabe, às vezes me questiono se deveria ou não, posicionar-me nas redes sociais. Vamos falar certinho. Na internet.

Mas o que sempre vence, é o bom senso, que acredito ser o meu. E ele diz: faça aquilo que todos gostam de fazer. Falo "daquilo". Expresso de uma maneira mais direta: aperte o botão do... VOCÊ SABE. "Aquilo". Sim.  

É que chega um tempo na vida, que você percebe que a visão que os outros têm de você, é problema deles. Porque não importa o que você diga ou faça. O que eles pensam de você, dificilmente, você poderá mudar.

Já falei INÚMERAS vezes que minha orientação/escolha/direcionamento política/o é de centro. Liberal de centro.

O liberal quer um Estado laico, não quer a mistura da política coordenada por orientação religiosa X ou Y, acredita que o Estado é um elefante gigantesco e pesado, e precisa diminuir, que não pode decidir sobre coisas que não devem ser decididas por ele e que deve se ater a questões essenciais e básicas para o ser humano (não humanóide).

Mas não ter livre arbítrio sobre o que rege os negócios (o mercado e o consumo são bons), e deve estimular empreendedores (inclusive os pequenos e médios) e o empreendedorismo inclusive nas escolas públicas, através do ensino focado nisso desde criança.

Acredito que o Estado deve priorizar a tríade segurança+saúde+educação. E que privatize-se o máximo de empresas deficitárias, até porque Estado "gordo" é nocivo à sociedade, pois ele sobrevive de nós mesmos (nós o pagamos com nossos impostos através de nosso trabalho e consumo = vale para empreendedores, inclusive).

Acredito que a cultura precisa ser estimulada e que o pensar é o bem maior de uma sociedade, e precisamos sim, de intelectuais tanto quanto de braços fortes. Vide a trilogia de “Divergente”, uma série contemporânea que foca jovens e adolescentes: uma sociedade forte só é viável com a união de várias expertises em prol de todos.

E acredito que vivemos em um mundo que retrocede, quando ainda, em 2018, se discute a orientação sexual dos outros como se fosse um problema coletivo. Hello. Não é. A sexualidade dos outros, não afeta a minha sexualidade.

E percebo o real machismo que existe, e que esse machismo é muito mais perigoso do que a simples dúvida entre abrir ou não abrir a porta do carro para a namorada.

E quanto ao machismo? O machismo estimula atos violentos que acontecem desde um salário mais baixo para nós, meninas, até a agressão física ou verbal que leva à morte da auto-estima ou a morte física, mesmo.

Eu sou uma liberal que percebe que existem diferenças sociais, e essas diferenças foram fortalecidas há séculos.

E que isso afeta a vida de pessoas que talvez não tiveram as mesmas possibilidades, seja por suas condições financeiras ou acredite, por sua cor de pele. Como a cor de pele pode afetar possibilidades? Tenha empatia e perceba.

E isso não é vitimismo. Isso é fato histórico. Entenda mesmo sendo branco, escolarizado, herdeiro de não sei quanto dindin e de descendência sei lá qual.

Sou uma liberal e por isso, não vejo problema algum no lucro, ao contrário, ele é importante e beneficia quem empreende e consequentemente, quem trabalha para quem empreende. Mas também percebo que o lucro sem responsabilidade empresarial, é desumano. Ou seja, é fácil ser empreendedor se você só ganha, sem retribuir à sociedade, o que tira dela (falo de sustentabilidade ecológica-financeira-social).

Enfim, goste ou não, sou uma liberal que nada tem de isenta. Me posiciono e abomino o extremismo, seja de que lado ele esteja. Ele, o extremismo, só reforça o que de mais animalesco temos.

Eu nasci em uma época, onde a esquerda dominava de alguma forma, através de seus dogmas e doutrinas e cartilhas surreais. Como todo estudante, pelos apelos humanos, tive certa simpatia. Mas não aderi. Graças a meu senso lógico de ver o mundo, apesar de ser uma pessoa com veia humana e preocupada com o coletivo.

Minha experiência muito cedo no mercado financeiro, me ajudou nisso, a ver um mundo possível capitalista, mas que na época, ainda não estava no extremo dessa bolha consumista que fez nós chegarmos onde estamos.

Muitos perceberam isso, e inclusive, marcas vêm trabalhando essa questão tão necessária, que é consumir (não podemos viver sem isso), mas com uma visão mais responsável de toda forma. Existem marcas ótimas que fazem isso. Não preciso citá-las. Como uma Profissional de Marketing, observo isso há muito tempo.

Precisamos consumir, ainda não estamos em uma esfera que não necessite disso (se é que existe uma esfera assim).

Não podemos viver sob a tutela do “Paz e Amor”, ou do “Bicho Grilo (que foram anteriores à minha geração).

Mas também não podemos aceitar que em prol disso tudo, sejamos desumanos e covardes perante o coletivo. Ou hipócritas.

Agora, as novas gerações estão vivendo em uma época, onde surrealmente, uma extrema do outro lado, a direita, diz coisas absurdas, do tipo: que voltem os militares ou vamos armar a população.

Os militares não colocarão “ordem e bons costumes” oriundos do “cidadão de bem”. Isso não se faz à força, se faz com educação. E o “cidadão de bem”, nossa! É um hipócrita, porque ética, começa nas pequenas coisas, até na forma como você lida com as diferenças.

Armar a população? Hello! Com a raiva e falta de maturidade por parte dos “adultos”? É morte certa! Já falei diversas vezes que essa não é a solução, antes sim, equipar muito bem a polícia, e prepará-la com treinamentos e bons salários.

Eu não gostaria de deixar essa herança (como um ser que passou pela terra, eu sou responsável também) a esses novos queridos que estão nascendo e nasceram há poucos anos. Uma herança de ódio, uma herança egoísta e sem empatia, uma herança que só enxerga o próprio umbigo ou dos que estão muito próximos.

Somos conexão, mais do que paixão. Porque paixão é bom, mas não esse tipo de paixão visceral, surreal e imbecil que estamos vendo nos últimos tempos.

Então, para quem duvida, eu sou liberal de centro. Não sou “coxinha”, não sou “mortadela”, e muito menos isenta.

E ACIMA DE TUDO, NÃO ACREDITO EM LÍDERES POPULISTAS, que dizem exatamente o que o monstro interior mais absurdo dentro de nós, diz para a gente fazer.

Aquele monstro que todos temos: aquele que todo mundo sente, um monstro de raiva, ira, com uma força negativa excepcional, fortalecida por uma adrenalina má.

Que venha sempre a adrenalina da alma, mas uma alma sóbria e ciente que, acredite ou não, não acaba aqui (nem que seja, pelas pessoas que você tocou o coração).

Por um mundo com mais empatia e menos “I am the best”. Não, fofis, você não é o melhor. Todos nós podemos ser. Juntos. Colaborativos. Compartilhadores sem dores.

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