Sabe, às vezes me questiono se deveria ou não, posicionar-me nas redes
sociais. Vamos falar certinho. Na internet.
Mas o que sempre vence, é o bom senso, que acredito ser o meu. E ele
diz: faça aquilo que todos gostam de fazer. Falo "daquilo". Expresso
de uma maneira mais direta: aperte o botão do... VOCÊ SABE. "Aquilo".
Sim.
É que chega um tempo na vida, que você percebe que a visão que os outros
têm de você, é problema deles. Porque não importa o que você diga ou faça. O
que eles pensam de você, dificilmente, você poderá mudar.
Já falei INÚMERAS vezes que minha orientação/escolha/direcionamento
política/o é de centro. Liberal de centro.
O liberal quer um Estado laico, não quer a mistura da política coordenada por orientação religiosa X ou Y, acredita que o Estado é um elefante gigantesco e pesado, e precisa diminuir, que não pode decidir sobre coisas que não devem ser decididas por ele e que deve se ater a questões essenciais e básicas para o ser humano (não humanóide).
Mas não ter livre arbítrio sobre o que rege os negócios (o mercado e o
consumo são bons), e deve estimular empreendedores (inclusive os pequenos e
médios) e o empreendedorismo inclusive nas escolas públicas, através do ensino
focado nisso desde criança.
Acredito que o Estado deve priorizar a tríade segurança+saúde+educação. E
que privatize-se o máximo de empresas deficitárias, até porque Estado
"gordo" é nocivo à sociedade, pois ele sobrevive de nós mesmos (nós o
pagamos com nossos impostos através de nosso trabalho e consumo = vale para
empreendedores, inclusive).
Acredito que a cultura precisa ser estimulada e que o pensar é o bem
maior de uma sociedade, e precisamos sim, de intelectuais tanto quanto de
braços fortes. Vide a trilogia de “Divergente”, uma série contemporânea que
foca jovens e adolescentes: uma sociedade forte só é viável com a união de
várias expertises em prol de todos.
E acredito que vivemos em um mundo que retrocede, quando ainda, em 2018,
se discute a orientação sexual dos outros como se fosse um problema coletivo.
Hello. Não é. A sexualidade dos outros, não afeta a minha sexualidade.
E percebo o real machismo que existe, e que esse machismo é muito mais
perigoso do que a simples dúvida entre abrir ou não abrir a porta do carro para
a namorada.
E quanto ao machismo? O machismo estimula atos violentos que acontecem
desde um salário mais baixo para nós, meninas, até a agressão física ou verbal que
leva à morte da auto-estima ou a morte física, mesmo.
Eu sou uma liberal que percebe que existem diferenças sociais, e essas diferenças foram fortalecidas há séculos.
E que isso afeta a vida de pessoas que talvez não tiveram as mesmas
possibilidades, seja por suas condições financeiras ou acredite, por sua cor de
pele. Como a cor de pele pode afetar possibilidades? Tenha empatia e perceba.
E isso não é vitimismo. Isso é fato histórico. Entenda mesmo sendo branco, escolarizado, herdeiro de não sei quanto dindin e de descendência sei lá qual.
Sou uma liberal e por isso, não vejo problema algum no lucro, ao
contrário, ele é importante e beneficia quem empreende e consequentemente, quem
trabalha para quem empreende. Mas também percebo que o lucro sem
responsabilidade empresarial, é desumano. Ou seja, é fácil ser empreendedor se
você só ganha, sem retribuir à sociedade, o que tira dela (falo de
sustentabilidade ecológica-financeira-social).
Enfim, goste ou não, sou uma liberal que nada tem de isenta. Me
posiciono e abomino o extremismo, seja de que lado ele esteja. Ele, o
extremismo, só reforça o que de mais animalesco temos.
Eu nasci em uma época, onde a esquerda dominava de alguma forma,
através de seus dogmas e doutrinas e cartilhas surreais. Como todo estudante,
pelos apelos humanos, tive certa simpatia. Mas não aderi. Graças a meu senso
lógico de ver o mundo, apesar de ser uma pessoa com veia humana e preocupada
com o coletivo.
Minha experiência muito cedo no mercado financeiro, me ajudou nisso, a
ver um mundo possível capitalista, mas que na época, ainda não estava no
extremo dessa bolha consumista que fez nós chegarmos onde estamos.
Muitos perceberam isso, e inclusive, marcas vêm trabalhando essa questão
tão necessária, que é consumir (não podemos viver sem isso), mas com uma visão
mais responsável de toda forma. Existem marcas ótimas que fazem isso. Não
preciso citá-las. Como uma Profissional de Marketing, observo isso há muito
tempo.
Precisamos consumir, ainda não estamos em uma esfera que não necessite
disso (se é que existe uma esfera assim).
Não podemos viver sob a tutela do “Paz e Amor”, ou do “Bicho Grilo (que
foram anteriores à minha geração).
Mas também não podemos aceitar que em prol disso tudo, sejamos desumanos
e covardes perante o coletivo. Ou hipócritas.
Agora, as novas gerações estão vivendo em uma época, onde surrealmente,
uma extrema do outro lado, a direita, diz coisas absurdas, do tipo: que voltem
os militares ou vamos armar a população.
Os militares não colocarão “ordem e bons costumes” oriundos do “cidadão
de bem”. Isso não se faz à força, se faz com educação. E o “cidadão de bem”,
nossa! É um hipócrita, porque ética, começa nas pequenas coisas, até na forma
como você lida com as diferenças.
Armar a população? Hello! Com a raiva e falta de maturidade por parte
dos “adultos”? É morte certa! Já falei diversas vezes que essa não é a solução,
antes sim, equipar muito bem a polícia, e prepará-la com treinamentos e bons
salários.
Eu não gostaria de deixar essa herança (como um ser que passou pela
terra, eu sou responsável também) a esses novos queridos que estão nascendo e
nasceram há poucos anos. Uma herança de ódio, uma herança egoísta e sem
empatia, uma herança que só enxerga o próprio umbigo ou dos que estão muito
próximos.
Somos conexão, mais do que paixão. Porque paixão é bom, mas não esse
tipo de paixão visceral, surreal e imbecil que estamos vendo nos últimos
tempos.
Então, para quem duvida, eu sou liberal de centro. Não sou “coxinha”,
não sou “mortadela”, e muito menos isenta.
E ACIMA DE TUDO, NÃO ACREDITO EM LÍDERES POPULISTAS, que dizem
exatamente o que o monstro interior mais absurdo dentro de nós, diz para a
gente fazer.
Aquele monstro que todos temos: aquele que todo mundo sente, um monstro
de raiva, ira, com uma força negativa excepcional, fortalecida por uma
adrenalina má.
Que venha sempre a adrenalina da alma, mas uma alma sóbria e ciente que,
acredite ou não, não acaba aqui (nem que seja, pelas pessoas que você tocou o
coração).
Por um mundo com mais empatia e menos “I am the best”. Não, fofis, você
não é o melhor. Todos nós podemos ser. Juntos. Colaborativos. Compartilhadores
sem dores.
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