Você não
consegue perceber? É vício ou paixão?
Ou outra
coisa?
Algumas frases do
Senhor B, pela web:
“Eu sou a favor da tortura”
“Conselho meu: eu sonego tudo o que for possível”
“O filho começa assim meio gayzinho, leva um coro e ele vai mudar o comportamento dele”
“Eu não empregaria mulher com o mesmo salário de um homem”
“Jamais ia estuprar você porque você não merece”
“Eu não entraria em um avião operado por um cotista, nem permitira ser operado por um cotista”
“Meus filhos não viveram na promiscuidade (sobre se relacionar com uma mulher NEGRA)”
“Vamos fazer um Brasil para as maiorias. As minorias tem que ser curvar as maiorias. As leis devem existir para defender as maiorias, as minorias de adequam ou simplesmente desaparecem”
“Se eu fosse presidente da República daria golpe no mesmo dia, fecharia o Congresso Nacional”
“Através do voto você não vai mudar nada, só com uma guerra civil”
“Meu guru na politica são os militares que foram presidentes”
DECIFRANDO O
BOLSONARISMO (de Augusto de Franco, via Web/Face):
O que a maioria das pessoas (inclusive
os analistas políticos) ainda não entenderam sobre o bolsonarismo?
1 - O bolsonarismo é um fenômeno que
vai além do oportunista-eleitoreiro Jair Messias Bolsonaro. Existem pelo menos
quatro bolsonarismos (e essas categorias se interpenetram, obviamente):
a) o bolsonarismo dos eleitores
tradicionais de Bolsonaro (que acham que ele é um bom nome e ponto);
b) o bolsonarismo dos que vão de
Bolsonaro para evitar uma volta da esquerda ao poder (antipetistas autoritários
e anticomunistas ainda na vibe da guerra fria - que não tomam a democracia como
um valor), em parte estimulados por narrativas olavistas, conspiracionistas,
intervencionistas ou monarquistas-salvacionistas;
c) o bolsonarismo dos desesperançados
com a velha política (em grande parte açulados, objetivamente, pelos que fazem
uso político da operação Lava Jato) que acham que será preciso escolher um
patriota honesto e corajoso para colocar ordem na casa no grito (de vez que
avaliam que a velha política apodreceu como um todo e que a democracia não é
mais capaz de recuperá-la);
d) o bolsonarismo de numerosas hostes
de haters, sobre os quais a famiglia de oportunistas de sobrenome Bolsonaro não
tem o menor controle (e que podem se voltar contra ele, caso o candidato comece
a contemporizar para ser eleito ou, sendo eleito, resolva fazer alianças para
governar). Este último grupo é composto por antidemocratas explícitos, que
tomam a política como uma espécie de jihad ofensiva (ou guerra religiosa).
2 - Há uma nova (e pujante) base
econômica no Brasil profundo que está trocando sua representação política numa
direção que não é a da democracia e que, na falta de outro nome que melhor
represente seus interesses e aspirações, vai apoiar Bolsonaro com recursos de
toda ordem (legal ou ilegalmente).
3 - Bolsonaro só tem chances reais de
vencer no primeiro turno (independentemente do que dizem as pesquisas feitas
hoje sobre o segundo turno - que têm pouquíssimo valor). Dada a maioria
esmagadora do eleitorado indeciso ou avesso ao discurso truculento e boçal do
capitão, na hora H, essa maioria votaria em qualquer candidato (menos em
Bolsonaro).
Essa é a questão que me alarma muito. A
questão que Reinaldo Azevedo fala em outro vídeo (está em comentários): "Às
vezes o problema é que ele seja o porta-voz de teses totalitárias. Você
defender o armamento total da população. Que tipo de gente você atrai para
você? QUAIS SÃO OS VALORES QUE ELE VEICULA?"
Essa é a questão. É por isso que ele é
tão perigoso. Gente, tenho muito medo do que Bolsonaro estimula nas pessoas:
irracionalidade, ira, irrealidade. Os I´s da imbecilidade.
Quando falo que paixão política é para
loucos, não tenha dúvidas. Amar um político (ter um político de estimação),
definitivamente, é para loucos. Infelizmente, não poucos. Ou seria para viciados?
E repensando sobre vícios: https://www.youtube.com/watch?v=-Y95TGneTdM&feature=share
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