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sexta-feira, 8 de junho de 2018

Baby Boomers e X: nossa Mea Culpa



Eu sei o que você está pensando. Que minha geração é muito chata. É, até é. Mas sabe que tenho visto uns de, tipo, 20 e muitos anos, já assim, tão chatos também?

Sim. Porque chatice é velhice no espírito e na mente. Chatice é dorzinha de rancor ou recalque no peito, chatice é preconceito na alma.

E tem uns... vou te dizer, criança. Somos ou estamos chatos. Alguns e algumas. Mas diz pros amiguinhos e amiguinhas, não desistirem. Dá uma chance?

E trazendo um case aqui, que rende uma discussão. Leia o texto do case e volte aqui no Thundercat, ok? Veja: https://revistaquem.globo.com/QUEM-News/noticia/2018/06/gaby-amarantos-sofre-ataques-racistas-apos-criticar-silvio-santos.html


"Isso não é 'mi mi mi', nem vitimismo, racismo é crime", disse Gaby. Ainda disse ela: "Racismo não é opinião, gordofobia não é opinião, homofobia não é opinião, machismo não é opinião. Comunicadores, humoristas e todo e qualquer ser humano não pode usar desse artifício pra destilar preconceito!".

EU CONCORDO. Com ela.

E sim, existem sim, pessoas da minha geração, na televisão ou fora dela, que estimularam ou executaram palavras, ideias e ações desse viés preconceituoso por décadas.

E CONTINUAM FAZENDO.

Percebam: o mundo não aceita mais isso. O mundo, graças às novas gerações, mudou. QUE UFA, QUE BOM.

Minha geração foi uma coisa a não ser repetida, com relação a esses assuntos. Tenho vergonha quando vejo o que se achava engraçado ou aceitável na época. Eu fiz e faço o meu MEA CULPA, mas muitos, não o fazem, e PIOR, ainda defendem isso e chamam isso de MIMIMI.

Pois quando envolve seus problemas, não é Mimimi, né? Só é Mimimi quando o problema não lhe atinge, né?

Pessoinha. Coleguinha. Incentivar toda forma de preconceito não é Mimimi. É só um estímulo a coisas absurdas.

E PRECISAMOS FALAR SOBRE ISSO.

Dias desses, encontrei um europeu em um evento. Três anos atrás, ele veio para o Brasil, e hoje, reside aqui.

Ele me comentou que fica impressionado (negativamente), que em 2018, ainda discutimos questões como essas.

Isso só mostra uma coisa: como somos atrasados. Já deveríamos ter superado. Superado NÃO como aceitar que exista homofobia, racismo, machismo e toda forma de preconceito.

Mas superado em fazer isso acontecer. Ou seja, é surreal que ainda existem pessoas que o façam e pior, pessoas que defendam quem o faça.

PRATICAR OU ESTIMULAR É A MESMA COISA. O preconceituoso, homofóbico, racista ou machista, é um ser atrasado na evolução como gente. Mas aquele que aceita isso, também é.

Então, Gaby Amarantos, você está mais que certa em levantar essa questão. Não é porque Silvio Santos "chegou onde chegou" que ele possa continuar fazendo o que sempre fez, sem críticas.
  
Precisamos parar com as desculpas de "Mas ele faz acontecer" OU "Mas veja onde ele chegou". Ou pior "Mas veja quem ele é" (como sendo uma sumidade ou um deus nórdico). Uma ode ao sucesso.

Nossas gerações Baby Boomer e X, precisam aprender muito com a Y, especialmente. Sempre digo que a Y é que realmente está fazendo toda essa mudança de conceitos e comportamento.

E APRENDO MUITO COM ELA.

A lástima, é que muitos da minha geração e mais velhos, têm aquela postura arrogante do "Você sabe com quem está falando"?

Sei. Com alguém looser que achava engraçadinho fazer piadinha de coisas que não atingiam seu umbigo, mas que quando confrontada, "pede prá sair" ou puxa a arma da vaidade e arrogância (e ainda querem que se liberem as armas de fogo), justificando isso com visões conservadoras e não empáticas.

Claro e UFA, que não são todos da minha geração, que são esses Baby Boomers e X surrealmente velhos de cérebros. Muitos estão como eu: conscientes do quanto precisamos evoluir e que podemos sim, contribuir e muito para o mundo, ainda e sempre enquanto estivermos aqui.

E ei, se por acaso alguns da geração Y (Millennials), Z e Alpha sejam assim retrógrados, por favor: não entrem nessa vibe.

Acordem. Acordem. Acordem. "O segredo da vida é acordar", como já disse um amigo.

PS: O grande problema não é o fato de já termos sido assim. O problema é achar isso normal e continuar assim.

PS 1: O problema não é o saudosismo. O problema é achar que a gente, era perfeito. Ou os mais velhos que nós, na época. O pior, é se fazer ou se achar, esquecendo do filme "Eu sei o que vocês fizeram no verão passado".

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