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quarta-feira, 6 de junho de 2018

As guerras e as armas




Uma guerra modifica pessoas e sentimentos. E uma história. E creia: ela nunca é boa. Talvez só o seja, para quem fabrica armas. Ou dela vive.

A gente não aprende, mesmo. E muitos, não entendem.

Não tenho orgulho de qualquer país, Estado ou cidade que tenha crescido ou "vencido" com base em guerras ou batalhas. Essas guerras ou batalhas influenciaram, influenciam e influenciarão pessoas pelo resto de suas vidas e das gerações depois dessas. E influencia a cultura.

Uma coisa é "guerrear" e lutar pela vida em situações cotidianas. Outra coisa, é uma guerra ou uma batalha. De fato. Não queira isso nunca.


Essa é a maior arma. E ninguém precisa liberar ela, para você usá-la. E não venha com uma resposta infantil do tipo: "Ah, mas então mostra o cérebro para o bandido, quando ele lhe assaltar".

Existe muita infantilidade nesse assunto. Muita imaturidade.

Não é de hoje, mas hoje, na contemporaneidade, já deveria ter passado. Acho que, de tempos em tempos, algumas ideias estranhas (esdrúxulas, inclusive), voltam à cena. Sei lá qual o motivo. Mas no mínimo, muuuuuuuuuito estranho.

O desejo de armar as pessoas, é um deles. Sim. MUITO ESTRANHO.

Separei em comentários, alguns textos que ilustram o que eu acredito. Não para decidir se devemos usar ou não, nós, os civis. Para não votar em promessas ou visões estranhas.

Saliento: "Existe muita passionalidade nesse debate. Nessa questão do armamento civil é preciso que as políticas públicas sejam examinadas com muito mais racionalidade."

Saliento: "Outra confusão ideológica é afirmar que o Estatuto proibiu a compra de armas. Porém, o que o Estatuto fez foi proibir a circulação, e não a compra. As pessoas que atendem aos requisitos da lei podem continuar a comprar armas."

Saliento: "Onde existem mais armas, existem mais suicídios e homicídios; portar armas aumenta o risco de ser ferido ou morto num assalto."

Saliento: "Arma não é instrumento de defesa, mas de ataque. Quando uma pessoa tenta se defender utilizando uma arma, na maior parte das vezes não só não coíbe a violência, mas também se torna vítima."

Saliento: "Aumentar o número de armas no país significará mais tiroteios, mais balas perdidas, mais mortes. E isso a sociedade não aguenta mais."

Saliento: "Uma das mudanças que acompanharam a melhora da segurança em Nova York foi o aumento de pelo menos 35% na quantidade de policiais na cidade entre 1990 e 2000, quando o número o ultrapassou o de 53 mil funcionários. Gosto muito do "tolerância zero" e a "teoria das janelas quebradas".

E saliento mais: "Outro ponto por trás da melhora da segurança em Nova York são as mudanças econômicos e sociais."

E eis o que considero muito importante: "A queda na criminalidade está muito relacionada a "fatores de nível macro".......
.......... Esses fatores incluem taxas de juros, inflação, desemprego e até taxa de fecundidade. "As mulheres estão tendo filhos mais tarde - e menos filhos", diz Austin. Segundo ele, isso aumenta o controle doméstico e contribui para uma queda nas prisões de jovens.......
......... "Todos esses fatores de nível macro mostram ter um efeito supressor muito forte sobre a taxa de criminalidade."."


Saliento, o que julgo uma colocação PERFEITA: "Bem, isso é mais um jogo dos políticos para angariar votos daqueles que acreditam que devem possuir uma arma. Simples assim."

Saliento: "O que combate o crime é a certeza de que o criminoso será pego, e a impunidade é enorme aqui."
Veja: https://brasil.elpais.com/brasil/2015/04/22/politica/1429720495_403306.html

E um amigo meu, escreveu:

Realmente um ponto de vista inovador o abaixo. Supondo um conceito verificável de cidadão de bem: aquele com residência fixa e com uma profusão de certidões negativas (criminal, civil, etc.), dá para armar quase todo mundo! Mas quase todo mundo mesmo, não é brincadeira. Como armas são caras, porque raios o cidadão de bem com poucos bens não pode se defender também? Já imagino o “Minha Arma, Tua Vida”.

E na postagem com esse texto, estava essa imagem:


O segredo é (que não é segredo): precisamos aprender a lidar com a Polícia, desde pequeninos. A Sociedade, ou seja, nós, estamos habituados a passar uma visão errônea desses profissionais. Explico.


Uma visão de medo. Como se respeito se medisse pelo "porrete". Pois não se mede. Respeito se mede pelo exemplo. E tanto eles devem dar, como nós devemos ensinar a nossa Sociedade, desde muito cedo, o quanto deve ser valorizado o serviço de um profissional que nos protege. Através do salário deles (que sejam bem remunerados) e através do cumprimento das leis que regem nossa sociedade.

Vamos pensar mais, galerinha?

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Penso, logo, existo. E... se você está aqui, quer saber como eu penso. Se quer saber como eu penso, no mínimo, é curioso.


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