Uma guerra modifica pessoas e sentimentos. E uma história. E creia: ela nunca é boa. Talvez só o seja, para quem fabrica armas. Ou dela vive.
A gente não aprende, mesmo. E
muitos, não entendem.
Não tenho orgulho de qualquer
país, Estado ou cidade que tenha crescido ou "vencido" com base em
guerras ou batalhas. Essas guerras ou batalhas influenciaram, influenciam e
influenciarão pessoas pelo resto de suas vidas e das gerações depois dessas. E
influencia a cultura.
Uma coisa é "guerrear" e
lutar pela vida em situações cotidianas. Outra coisa, é uma guerra ou uma
batalha. De fato. Não queira isso nunca.
Essa é a maior arma. E ninguém precisa
liberar ela, para você usá-la. E não venha com uma resposta infantil do tipo:
"Ah, mas então mostra o cérebro para o bandido, quando ele lhe
assaltar".
Existe muita infantilidade nesse
assunto. Muita imaturidade.
Não é de hoje, mas hoje, na
contemporaneidade, já deveria ter passado. Acho que, de tempos em tempos,
algumas ideias estranhas (esdrúxulas, inclusive), voltam à cena. Sei lá qual o
motivo. Mas no mínimo, muuuuuuuuuito estranho.
O desejo de armar as pessoas, é
um deles. Sim. MUITO ESTRANHO.
Separei em comentários, alguns textos
que ilustram o que eu acredito. Não para decidir se devemos usar ou não, nós,
os civis. Para não votar em promessas ou visões estranhas.
Saliento: "Existe muita
passionalidade nesse debate. Nessa questão do armamento civil é preciso que as
políticas públicas sejam examinadas com muito mais racionalidade."
Saliento: "Outra confusão
ideológica é afirmar que o Estatuto proibiu a compra de armas. Porém, o que o
Estatuto fez foi proibir a circulação, e não a compra. As pessoas que atendem
aos requisitos da lei podem continuar a comprar armas."
Saliento: "Onde existem mais armas,
existem mais suicídios e homicídios; portar armas aumenta o risco de ser ferido
ou morto num assalto."
Saliento: "Arma não é instrumento
de defesa, mas de ataque. Quando uma pessoa tenta se defender utilizando uma
arma, na maior parte das vezes não só não coíbe a violência, mas também se
torna vítima."
Saliento: "Aumentar o número de
armas no país significará mais tiroteios, mais balas perdidas, mais mortes. E
isso a sociedade não aguenta mais."
Saliento: "Uma das mudanças que
acompanharam a melhora da segurança em Nova York foi o aumento de pelo menos
35% na quantidade de policiais na cidade entre 1990 e 2000, quando o número o
ultrapassou o de 53 mil funcionários. Gosto muito do "tolerância zero"
e a "teoria das janelas quebradas".
E saliento mais: "Outro ponto por
trás da melhora da segurança em Nova York são as mudanças econômicos e
sociais."
E eis o que considero muito
importante: "A queda na criminalidade está muito relacionada a "fatores
de nível macro".......
.......... Esses fatores incluem taxas de juros, inflação, desemprego e até taxa de fecundidade. "As mulheres estão tendo filhos mais tarde - e menos filhos", diz Austin. Segundo ele, isso aumenta o controle doméstico e contribui para uma queda nas prisões de jovens.......
......... "Todos esses fatores de nível macro mostram ter um efeito supressor muito forte sobre a taxa de criminalidade."."
.......... Esses fatores incluem taxas de juros, inflação, desemprego e até taxa de fecundidade. "As mulheres estão tendo filhos mais tarde - e menos filhos", diz Austin. Segundo ele, isso aumenta o controle doméstico e contribui para uma queda nas prisões de jovens.......
......... "Todos esses fatores de nível macro mostram ter um efeito supressor muito forte sobre a taxa de criminalidade."."
Saliento, o que julgo uma colocação
PERFEITA: "Bem, isso é mais um jogo dos políticos para angariar votos
daqueles que acreditam que devem possuir uma arma. Simples assim."
Saliento: "O que combate o crime
é a certeza de que o criminoso será pego, e a impunidade é enorme aqui."
Veja: https://brasil.elpais.com/brasil/2015/04/22/politica/1429720495_403306.html
E um amigo meu, escreveu:
Realmente um ponto de vista inovador o abaixo. Supondo um conceito
verificável de cidadão de bem: aquele com residência fixa e com uma profusão de
certidões negativas (criminal, civil, etc.), dá para armar quase todo mundo! Mas
quase todo mundo mesmo, não é brincadeira. Como armas são caras, porque raios o
cidadão de bem com poucos bens não pode se defender também? Já imagino o “Minha
Arma, Tua Vida”.
E na postagem com esse texto, estava
essa imagem:
O segredo é (que não é segredo): precisamos aprender a lidar com a Polícia, desde
pequeninos. A Sociedade, ou seja, nós, estamos habituados a passar uma visão
errônea desses profissionais. Explico.
Uma visão de medo. Como se respeito se medisse pelo "porrete".
Pois não se mede. Respeito se mede pelo exemplo. E tanto eles devem dar, como
nós devemos ensinar a nossa Sociedade, desde muito cedo, o quanto deve ser
valorizado o serviço de um profissional que nos protege. Através do salário
deles (que sejam bem remunerados) e através do cumprimento das leis que regem
nossa sociedade.
Vamos pensar mais, galerinha?
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