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domingo, 18 de setembro de 2011

Vaidade familiar X Pontes para o mundo

 

Gente, educar é algo dificil. Uma habilidade. Nada fácil. Porque não se pode pensar somente na nossa “vaidade familiar”, como chamo a atitude de educar “prá dentro do umbigo”. A verdade, não esqueça, é que não educamos crianças para conviverem somente em suas respectivas famílias. Educamos PESSOAS para conviverem no MUNDO, e de fato, fazerem a diferença nesse mundo. E que seja uma diferença para o bem, de preferência.
 
Uma diferença BOA. BOA E DO BEM E PARA O BEM.
 
E para colaborar na transformação de pessoas éticas e especiais, não adianta somente falar coisinhas bacanas, não. A gente precisa estimular as boas atitudes e demonstrar aquilo que de fato, tem resultados coletivos. Menos egoísmo e mais comprometimento
 
Veja o texto abaixo, que fortalece esse meu posicionamento:

ELOGIE DO JEITO CERTO (por Marcos Méier (*))

Recentemente um grupo de crianças pequenas passou por um teste muito interessante. Psicólogos propuseram uma tarefa de média dificuldade, mas que as crianças executariam sem grandes problemas. Todas conseguiram terminar a tarefa depois de certo tempo. Em seguida, foram divididas em dois grupos.

O grupo A foi elogiado quanto à inteligência:
- “Uau, como você é inteligente!”
- “Que esperta que você é!”
- “Menino, que orgulho de ver o quanto você é genial!”

E outros elogios à capacidade de cada criança.

O grupo B foi elogiado quanto ao esforço:
- “Menina, gostei de ver o quanto você se dedicou na tarefa!”
- “Menino, que legal ter visto seu esforço!”
- “Uau, que persistência você mostrou.
- “Tentou, tentou, até conseguir, muito bem!”

E outros elogios relacionados ao trabalho realizado e não à criança em si.

Depois dessa fase, uma nova tarefa de dificuldade equivalente à primeira foi proposta aos dois grupos de crianças. Elas não eram obrigadas a cumprir a tarefa, podiam escolher se queriam ou não, sem qualquer tipo de consequência.

As respostas das crianças surpreenderam.

A grande maioria das crianças do grupo A simplesmente recusou a segunda tarefa. As crianças não queriam nem tentar.

Por outro lado, quase todas as crianças do grupo B aceitaram tentar. Não recusaram a nova tarefa.

A explicação é simples e nos ajuda a compreender como elogiar nossos filhos e nossos alunos. O ser humano foge de experiências que possam ser desagradáveis. As crianças “inteligentes” não querem o sentimento de frustração de não conseguir realizar uma tarefa, pois, isso pode modificar a imagem que os adultos têm delas.

- “Se eu não conseguir, eles não vão mais dizer que sou inteligente”.

As “esforçadas” não ficam com medo de tentar, pois, mesmo que não consigam é o esforço que será elogiado.

Nós sabemos de muitos casos de jovens considerados inteligentes não passarem no vestibular, enquanto aqueles jovens “médios” obterem a vitória. Os inteligentes confiaram demais em sua capacidade e deixaram de se preparar adequadamente. Os outros sabiam que se não tivessem um excelente preparo não seria aprovado e, justamente por isso, estudaram mais, resolveram mais exercícios, leram e se aprofundaram melhor em cada uma das disciplinas.

No entanto, isso não é tudo.

Além dos conteúdos escolares, nossos filhos precisam aprender valores, princípios e ética. Precisam respeitar as diferenças, lutar contra o preconceito, adquirir hábitos saudáveis e construir amizades sólidas. Não se consegue nada disso por meio de elogios frágeis, focados no ego de cada um. É preciso que sejam incentivados constantemente a agir assim. Isso se faz com elogios, “feedbacks” e incentivos ao comportamento esperado.

Nossos filhos precisam ouvir frases como:
- “Que bom que você o ajudou... Você tem um bom coração”
- “Parabéns meu filho por ter dito a verdade apesar de estar com medo… Você é ético”
- “Filha, fiquei orgulhoso de você ter dado atenção àquela menina nova ao invés de tê-la excluído como algumas colegas fizeram… Você é solidária”
- “Isso mesmo filho, deixar seu primo brincar com seu videogame foi muito legal... Você é um bom amigo”.

Elogios desse tipo estão fundamentados em ações reais e reforçam o comportamento da criança que tenderá a repeti-los. Isso não é “tática” paterna, é incentivo real. Por outro lado, elogiar superficialidades é uma tendência atual:
- “Que linda você é, amor”
- “Acho você muito esperto meu filho”
- “Como você é charmoso”
- “Que cabelo lindo”
- “Seus olhos são tão bonitos”.

Elogios como esses NÃO estão baseados em fatos, nem em comportamentos, nem em atitudes. São apenas impressões e interpretações dos adultos. Em breve, crianças como essas estarão fazendo chantagens emocionais, birras, manhas e “charminhos”. Quando adultos, não terão desenvolvido resistência à frustração e a fragilidade emocional estará presente.

Homens e mulheres de personalidade forte e saudável são como carvalhos que crescem nas encostas de montanhas. Os ventos não os derrubam, pois, cresceram na presença deles. São frondosos, copas grandes e o verde de suas folhas mostram vigor, pois, se alimentaram da terra fértil.

Que nossos filhos recebam o vento e a terra adubada por nossa postura firme e carinhosa.

(*) Marcos Meier é mestre em Educação, psicólogo, professor de Matemática e especialista na teoria da Mediação da Aprendizagem em Jerusalém, Israel.

EBAAAA! Bom te ver!


Penso, logo, existo. E... se você está aqui, quer saber como eu penso. Se quer saber como eu penso, no mínimo, é curioso.


Curiosos ALOHA fazem bem para o mundo. Então, é nós no mundo, porque não viemos aqui a passeio!


Busco uma visão de longo alcance, sem aceitar verdades absolutas, preservando valores ALOHA, que são o ideal para um mundo mais honesto e verdadeiro.