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terça-feira, 26 de junho de 2018

Lute como uma garota, Manuela



Olha. Choquei. Estou chocada.

Estavam falando tanto dessa entrevista (com críticas à Manuela), que fui assistir. E ei. Opa. Peraí.

E não. Não é com o conteúdo da entrevista, no tocante às respostas de Manuela, que estou chocada.

Eu já falei inúmeras vezes: sou uma liberal, e não aprecio os extremos, sejam de direita ou esquerda. Já declarei isso INÚMERAS vezes aqui e em redes sociais. Por isso, bem claro: meu voto não é da Manu. Mas não por ela. Pelo Partido dela.

E olha. Fica uma dica para os odiadores da extrema esquerda (para ficar mais claro: os que odeiam ela, a extrema esquerda): se vocês acham que essa entrevista pode prejudicar Manuela e seu partido, vocês estão redondamente enganados.

Se ela tiver profissionais de Marketing Político tão bons como os do Senhor B, situado no outro extremo, eles revertem o jogo.

Essa entrevista demonstrou algumas questões:

1) A produção do programa não preparou corretamente os Jornalistas/profissionais que a entrevistaram. Ou eles foram avisados em cima da hora, ou estavam totalmente despreparados para o assunto. Diversas vezes, ela disse: "Você deveria estudar sobre isso, para me perguntar" (não nessas palavras, porque ela foi muito elegante).

2) A produção do programa foi muito tendenciosa, ao escolher Jornalistas que visivelmente, não acreditam e não apoiam PESSOALMENTE, as ideias vistas como "comunistas". Fizeram perguntas tendenciosas e preconceituosas, em termos de ideologia. Não foram nada isentos (não todos, alguns). Tentaram massacrá-la.

3) Manuela foi forte e guerreira. Não perdeu a linha (talvez só algumas vezes, mas também, vou te contar: parecia realmente uma turma de gladiadores tipo, 1000 contra 300), deu boas respostas, mas infelizmente, não conseguiu desenvolver suas ideias e evidenciar seus projetos, embora tenha claramente, tentado. Está de parabéns, pois no contexto geral, apesar dos pesares, conseguiu demonstrar sua força.

Sabe minha opinião sobre a Manu? Ela é ótima em muitos aspectos. Mas eu lastimo imensamente, a escolha que ela fez, por estar no partido que está.

Tenho a impressão (e posso morder a língua), que esse partido (o PCdoB) é um partido que nunca crescerá no Brasil. E lastimo por ela.

Manuela tem boa vontade, é positiva, poderia ser uma ótima opção para o Brasil. Ela poderia ter sido abraçada pelos jovens (e não entendo porque não o seja). Ou entendo. Mais uma vez, seria a escolha do partido? O Marketing Político dela, evidentemente, não é tão forte (ou mais honesto?) como do Senhor B, que conseguiu transformar (para alguns que estão em uma Idiocracia, claro) um péssimo produto, em mito (???!!! Mitou!!!).

Bem, pelo Partido que ela está, não voto nela. Pois tenho minhas ressalvas em termos de ideologia e administração. Não aprecio os conceitos da extrema esquerda, especialmente, na visão econômica.

Mas lastimo, pois as visões de vida e valores comportamentais que Manuela parece ter (e acompanho algumas de suas ideias, já faz tempo), coincidem com muito do que aprecio e acredito como melhores para nós todos, como “equipe” única nesse mundão. São contemporâneos e empáticos ao mundo que vivemos, em uma visão mais arejada e menos soberba. Um mundo mais real e menos surreal ou idiocrático.

Um mundo melhor para se viver, mais único, menos preconceituoso e mais humano. São pautas de gente, e não de esquerda. E isso, Manu tem.

Que pena. Que pena mesmo. Para minha pessoa, Manuela é um desperdício político no partido que está. Posso estar redondamente enganada, mas é o que acredito. Já pensava isso faz tempo, e nessa entrevista, fica evidente que o ranço que existe com ela, é também por esse Partido.

Ah, e quanto ao manterrupting, gente, que triste. Ela tornou-se vítima do que nós mulheres, executivas e profissionais de mercado, passamos todos LOS DIAS. Siempre. Sempre. Forever.

E se você não percebeu e considera isso mimimi, sinceramente, ou você é um cérebro de minhoca (caso homem) ou é uma cega, iludida e pior, sem empatia (caso mulher).

Manu, não voto em você, mas lhe respeito, garota. Sim. Você lutou como uma garota. Ao menos nessa entrevista, está o registro disso. Fortemente e elegantemente. Com a mente.

Parabéns, Manu. 

Você provou que é forte e  #lutecomoumagarota.

Ah, e em tempo: 
Como disse um amigo (e faço dele, minhas palavras): "Não importa o seu viés político. ADMITA que foi ridículo o que aconteceu! PS: Essa mulher é mais "macho" que muito "mito" por aí!"

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