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quinta-feira, 7 de junho de 2018

Parente não é serpente (e os executivos no mundo corporativo)



Não sou Economista, por isso, essa é uma OPINIÃO pessoal, não técnica.
(Sobre a saída de Pedro Parente, da Petrobrás)

Separei algumas partezinhas desse texto:
"Uma das saídas de Parente para reduzir endividamento e recuperar o caixa foi vender parte dos ativos da empresa e reduzir o número de funcionários."
"Toda empresa, mesmo privada, tem suas responsabilidades sociais e políticas."
"Ele continua sendo o melhor gestor de crises que o país dispõe."

E levanto algumas questões:

- Não penso que ele tenha feito uma péssima administração. Cometeu equívocos, como é normal em toda administração. Por isso, não merece ser crucificado. Precisamos aprender a lidar e respeitar os erros. Porém, o fato é que o erro dele (e de sua equipe), afetou a muitas pessoas. E isso, pesa nos ombros.

- Ele agiu corretamente ao demitir pessoas e enxugar a empresa. Essa é uma estratégia correta, quando uma empresa não está dando lucro. Perfeito. Mas isso, na visão paternalista de alguns, fez ele colecionar inimigos. E tenho pena dele por isso. O que não o torna vítima. Isso se chama, arcar com nossas decisões.

- O aumento dos preços, em uma visão matemática-financeira, foi correto. Porque a administração anterior, paternalista e eleitoreira, vinha mantendo preços impraticáveis, no tocante a administração da empresa. Isso é lei de mercado. Seja em empresa pública ou privada, dinheiro não cai do céu.

- Mas como administrador, não posso deixar de olhar para meu consumidor e suas necessidades. E no caso da Petrobrás, empresa pública, o consumidor é o eleitor. A população. A população brasileira, vem estrangulada há muito tempo. Vivemos uma das piores crises financeiras, aumentando o drama por todas as crises sociais e éticas que vivemos.

Somos o povo do "jeitinho brasileiro", com valores éticos baixíssimos ou líquidos demais. Falamos demais de moralismo e não temos ética suficiente em nosso DNA. Somos geneticamente, anti-éticos.

E isso não nos torna monstros, mas nos torna fracos. O que fazer? Morrer? Matar? Não, vencer isso pela educação e disciplina.

Em resumo, Pedro Parente não é o vilão. Precisamos parar de buscar heróis e vilões. Louvo ele pela decisão de sair. Não é covarde por isso, é inteligente. Seja o que tenha acontecido nos bastidores, é o que restava.

Não sei, porém, se isso será bom para o Brasil. 
Isso, só o tempo dirá.
  
Ah, e talvez o maior erro, tenha sido não privatizar a tempo, a Petrobrás. Talvez. Não sei. Mas tenho impressão, que essa teria sido a decisão mais acertada. Porém não tenho certeza disso.


Ah, parte 2: Na minha opinião, ele sai bem posicionado, da Petrobrás. Fez seus erros, mas fez acertos, e muitos. Nesse momento, ele foi o "bode expiatório", de toda essa situação atual. Nem ele imaginava que tudo isso aconteceria. E começará a dar palestras pelo mundo, com o tema: "Gestão de Crises Públicas", ou algo do tipo.

Como atuei como executiva, sei que é extremamente difícil e doloroso, lidar com as asperezas de um cargo. E quanto mais na berlinda estamos, mais inimigos temos. Inimigos pelo simples fato, do cargo que ocupamos.

Em resumo, a inveja é uma merda. E é munição para uma série de coisas que acontecem, e não conseguimos administrar. Coisas não técnicas.

Entramos nas empresas, por nossas habilidades técnicas. Saímos, por nossas inabilidades emocionais ou atitudinais ou circunstanciais (ou as armações alheias ou a situação do mercado ou o vodu que nos fazem (hehehe)).

(OU saímos pelo poder que não nos dão ou pelo medo de nós daqueles que tem mais poder que nós)

EM TEMPO: O Parente não é serpente, do título, é uma sátira ao filme “Parente é serpente”, uma comédia italiana de 1992, sensacional.

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