Não sou Economista, por isso,
essa é uma OPINIÃO pessoal, não técnica.
(Sobre a saída de Pedro Parente, da Petrobrás)
Separei algumas
partezinhas desse texto:
"Uma das saídas de Parente
para reduzir endividamento e recuperar o caixa foi vender parte dos ativos da
empresa e reduzir o número de funcionários."
"Toda empresa, mesmo
privada, tem suas responsabilidades sociais e políticas."
"Ele continua sendo o melhor
gestor de crises que o país dispõe."
E levanto algumas
questões:
- Não penso que ele tenha feito uma
péssima administração. Cometeu equívocos, como é normal em toda administração. Por
isso, não merece ser crucificado. Precisamos aprender a lidar e respeitar os
erros. Porém, o fato é que o erro dele (e de sua equipe), afetou a muitas
pessoas. E isso, pesa nos ombros.
- Ele agiu corretamente ao demitir
pessoas e enxugar a empresa. Essa é uma estratégia correta, quando uma empresa
não está dando lucro. Perfeito. Mas isso, na visão paternalista de alguns, fez
ele colecionar inimigos. E tenho pena dele por isso. O que não o torna vítima.
Isso se chama, arcar com nossas decisões.
- O aumento dos preços, em uma visão
matemática-financeira, foi correto. Porque a administração anterior,
paternalista e eleitoreira, vinha mantendo preços impraticáveis, no tocante a
administração da empresa. Isso é lei de mercado. Seja em empresa pública ou
privada, dinheiro não cai do céu.
- Mas como administrador, não posso
deixar de olhar para meu consumidor e suas necessidades. E no caso da
Petrobrás, empresa pública, o consumidor é o eleitor. A população. A população
brasileira, vem estrangulada há muito tempo. Vivemos uma das piores crises financeiras,
aumentando o drama por todas as crises sociais e éticas que vivemos.
Somos o povo do "jeitinho
brasileiro", com valores éticos baixíssimos ou líquidos demais. Falamos
demais de moralismo e não temos ética suficiente em nosso DNA. Somos geneticamente,
anti-éticos.
E isso não nos torna monstros, mas nos
torna fracos. O que fazer? Morrer? Matar? Não, vencer isso pela educação e
disciplina.
Em resumo, Pedro Parente não é o
vilão. Precisamos parar de buscar heróis e vilões. Louvo ele pela decisão de
sair. Não é covarde por isso, é inteligente. Seja o que tenha acontecido nos
bastidores, é o que restava.
Não sei, porém, se isso será bom para
o Brasil.
Isso, só o tempo dirá.
Ah, e talvez o maior erro, tenha sido
não privatizar a tempo, a Petrobrás. Talvez. Não sei. Mas tenho impressão, que
essa teria sido a decisão mais acertada. Porém não tenho certeza disso.
Baseado nesse texto: https://g1.globo.com/economia/noticia/a-trajetoria-de-pedro-parente-de-presidenciavel-a-bode-expiatorio-da-greve-dos-caminhoneiros.ghtml
Ah, parte 2: Na minha opinião, ele sai
bem posicionado, da Petrobrás. Fez seus erros, mas fez acertos, e muitos. Nesse
momento, ele foi o "bode expiatório", de toda essa situação atual.
Nem ele imaginava que tudo isso aconteceria. E começará a dar palestras pelo
mundo, com o tema: "Gestão de Crises Públicas", ou algo do tipo.
Como atuei como executiva, sei que é
extremamente difícil e doloroso, lidar com as asperezas de um cargo. E quanto
mais na berlinda estamos, mais inimigos temos. Inimigos pelo simples fato, do
cargo que ocupamos.
Em resumo, a inveja é uma merda. E é
munição para uma série de coisas que acontecem, e não conseguimos administrar.
Coisas não técnicas.
Entramos nas empresas, por nossas
habilidades técnicas. Saímos, por nossas inabilidades emocionais ou atitudinais
ou circunstanciais (ou as armações alheias ou a situação do mercado ou o vodu
que nos fazem (hehehe)).
(OU saímos pelo poder que não nos dão
ou pelo medo de nós daqueles que tem mais poder que nós)
EM TEMPO: O Parente não é serpente, do
título, é uma sátira ao filme “Parente é serpente”, uma comédia italiana de
1992, sensacional.
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