Li uma frase, escrita por uma
amiga, que foi o start para esse texto. Essa:
“Deus, me ajude a não apertar o botão”.
Todos têm tentações. Sofrem com
elas. Ou pagam micos, Dona Madre.
Vivemos uma época de extremos, tenho
muito falado sobre isso. E dentro desses extremos, não podemos, de forma alguma
(caso sejamos empáticos e verdadeiramente, coletivos), ser tolerantes com a
intolerância. O Paradoxo da Tolerância quer dizer isso: se quisermos combater a
intolerância, não podemos ser tolerantes, com ela.
E aqui, faço uma análise associando
distopia, ilusão e ficção. Vamos a essa construção do pensamento?
Distopia, ilusão e ficção: como elas se
encontram?
Distopia
= lugar ou estado imaginário em que se vive em condições de extrema
opressão, desespero ou privação; antiutopia.
Ilusão
= erro de percepção ou de entendimento; engano dos sentidos ou da mente; interpretação
errônea.
Ficção
= elaboração, criação imaginária,
fantasiosa ou fantástica; fantasia.
A distopia é uma ilusão? E a ilusão, não passa de
um erro na concepção da ficção?
E a ficção científica?
É um gênero da ficção especulativa,
que normalmente lida com conceitos ficcionais e imaginativos, relacionados ao
futuro, ciência e tecnologia com seus impactos e/ou consequências em uma
determinada sociedade ou em seus indivíduos. Conhecida também como a
"literatura das ideias", evita utilizar-se do sobrenatural, tema
mais recorrente na fantasia, baseando-se em fatos científicos e reais para
compor enredos ficcionais.
A ação pode girar em torno de um
grande leque de possibilidades com: viagem espacial, viagem no tempo, universos
paralelos, mudanças climáticas, totalitarismo, vida extraterrestre.
E filmes que
remeto a esses conceitos:
Fahrenheit 451
Idiocracia
The 100
Touch
Sobre Fahrenheit 451
“O conto original foi reformulado na
novela The Fireman, e publicada na edição de fevereiro de 1951 da
revista Galaxy Science Fiction. Escrito nos anos iniciais da Guerra
Fria, o livro é uma crítica ao que Bradbury viu como uma crescente e
disfuncional sociedade americana.
O romance apresenta um futuro onde
todos os livros são proibidos, opiniões próprias são consideradas antissociais
e hedonistas, e o pensamento crítico é suprimido. O personagem central, Guy
Montag, trabalha como "bombeiro" (o que na história significa
"queimador de livro"). O número 451 é a temperatura (em graus
Fahrenheit) da queima do papel, equivalente a 233 graus Celsius.”
Veja isso, atualizado a partir do
surgimento de Trump, como Presidente dos EUA: https://alias.estadao.com.br/noticias/geral,refilmagem-de-fahrenheit-451-se-inspirou-na-eleicao-de-trump,70002333745
E veja o trailer do filme: https://www.youtube.com/watch?v=xcNjmsJtcqo
Sobre Idiocracia
“Idiocracia significa “Governo de
Idiotas”; foi nome de um filme dirigido por Mike Judge, que fazia críticas ao
Estado. Idiocracia é a junção de "democracia" com
"idiotas".
Idiocracy é um filme de humor negro
lançado em 2006 e dirigido por Mike Judge. Ele trata sobre um futuro caótico onde
a sociedade transformou-se, a partir de sua própria ignorância (opcional), em
um futuro lastimável, onde a inteligência foi extinta e o que prevalece é a
política da "bestialidade".
Leia mais: http://lounge.obviousmag.org/itinerario_interno/2013/04/idiocracy-comedia-ou-previsao.html
Sobre The 100
Eu adoro a série OS 100 (The 100). Por
que? Porque une relações humanas e ficção científica com um ótimo roteiro. E
boas interpretações em ótimos personagens.
Mas o bom roteiro, vem primeiro. Não
existe boa atuação que salve, por muito tempo, um mau roteiro. Saliento alguns
tópicos de textos que indico abaixo:
"The 100 consegue surpreender por
entregar uma história rica e bem escrita com personagens notáveis e memoráveis,
fazendo com que o espectador se identifique com pelo menos alguma
característica de algum, além de uma trama que surpreende e se supera ao passar
dos episódios.
Aqui não existem mocinhos ou vilões,
todos são colocados no mesmo patamar: o de apenas humanos.
As decisões tomadas pelos personagens
são sempre carregadas de sacrifícios sendo esses muitas vezes pessoais, o que
torna tudo mais real para quem assiste.
Aqui todos são testados até o seu
limite, e quando chegam no seu limite, aí são testados mais uma vez.
O que surgiu como apenas outro
aproveitador do sucesso de "Jogos Vorazes", se transformou numa das
séries mais firmes e moralmente complexas na TV."
Analise mais: http://the100brasil.com.br/the-100-se-tornou-uma-das-melhores-series-da-tv-e-voce-precisa-admitir-isso/
e
http://conexaothe100.blogspot.com/2016/03/critica-por-que-100-e-melhor-serie-de.html
Sobre Touch
“Em Touch, conferimos a história de
Martin Bohm, interpretado por Kiefer Sutherland. Após perder a esposa nos
ataques de 11 de setembro, ele precisa lidar sozinho com a criação de seu filho
autista de 10 anos, Jake.
Entretanto, Jake possui um dom
especial. Enquanto o pai vê apenas uma série de números, Jake consegue enxergar
um universo inteiro de conexões, de pessoas que podem e vão “tocar” a vida uma
das outras. O garoto sabe, inclusive, sobre o que vai acontecer no futuro.
Com isso, Jake traz um novo sentido
para a vida de Martin, que precisa seguir estes números e encontrar pessoas por
diversas razões diferentes. Para ajudá-lo, Martin encontra o professor Arthur
DeWitt, um especialista em crianças com este tipo de dom. Ao mesmo tempo, o pai
precisa lidar com a assistente social Clea Hopkins, responsável por avaliar a
situação do pai e do filho.
O argumento da série gira em torno da
"Sequência de Deus", que seria um padrão numérico que permite que se
preveja o futuro e compreenda-se o presente. A sequência completa é uma
repetição dos seguintes segmentos:
318529632879522975611881604
5512425452217437024522750
010755991887789210262000
017594820131026302153318
O criador da série, Tim Kring, a
descreveu como sendo "fundamentalmente sobre como as nossas vidas se tocam."
O título, por instância, refere-se ao fato de Jake não gostar de ser tocado.”
Veja o trailer: https://www.youtube.com/watch?v=8KNRNrHpI48
Os nãos da vida vão lhe modificando,
sim.
E sim, nós mudamos, reconfiguramos.
E para não apertarmos o botão: https://oglobo.globo.com/cultura/um-botao-errado-esta-disparado-alarme-do-fim-do-mundo-22309064
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