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terça-feira, 23 de outubro de 2018

Sedução ou Psicopatia



É EXATAMENTE ASSIM, PARA MIM.

Sempre tenho dito: no tempo de Dilma e Lula, por não ser petista, tive alguns estresses com amigos. Mas de perder amigos? Talvez uns 2, 4 no máximo.

Mas agora, o efeito B Lifestyle contaminou cérebros de uma forma SURREAL. É impressionante a quantidade de pessoas complemente HIPNOTIZADAS por todos os absurdos que ele representa.

Não tenho outra explicação, que não seja essa: eu nunca conheci essas pessoas, de verdade.

E vejo algumas, como eu, como o Mentor e outras, com o MESMO sentimento. Decepção. Espanto. E uma certa força de combater isso.

Não sei o que acontecerá, mas a gente tem que continuar acreditando, que ele, JAMAIS.

O que acontece? Sedução? Talvez, Mentor. Fascismo ou Psicopatia, aliados a sedução.

Porque eu, Mentor e muitos outros não entramos nessa? Ainda não sei bem. Mais imunes, talvez. Que bom.

Do texto de MENTOR NETO:

Para dizer bem a verdade, essa não é a primeira vez que vejo isso acontecer.
Mas demorou.
Por uns 40 anos, me aproximei de gente com quem tinha afinidades.
Me afastei dos que pensavam de forma radicalmente contra.
Escolhi a palavra "aproximei" e não "convivi", atenção.
Porque é evidente que para viver em sociedade você aprende a conviver com todo tipo de diferença (a não ser que você seja um maluco autoritário).
Enfim, por 40 anos, funcionou.
Das pessoas com quem convivi, que tinha também afinidade, me aproximei.
Acho que é assim que a gente cria um "círculo de amigos", não?
Não falo de redes sociais.
Falo do mundo real.
(Nas redes sociais tudo é muito mais exagerado, como as amizades com estranhos e os blocks)
Pois bem.
Funcionou razoavelmente bem esse método.
Acertei minhas escolhas, acho.
Então veio o impeachment e os processos de Lula.
Confesso que com alguns desses amigos de verdade, me surpreendi.
Escolhi a palavra "surpreendi" e não "decepcionei", atenção.
Me surpreendi que não percebessem tão claramente como Lula e Dilma eram nocivos para o Brasil.
Me surpreendi quando optaram por uma outra interpretação dos fatos.
Sigo amigos de todos.
Mas é natural que a distância tenha aumentado numa via de mão dupla.
Porque esse foi um tema que tomou conta de quase todos os diálogos, num período.
Mesmo tendo recebido uma ou outra agressão, uma ou outra indireta sarcástica, não me lembro de ter acabado nenhuma amizade.
Estou seguro que estão convencidos de como eu estava errado, assim como eu estou de seu equívoco.
Mas foram poucos.
Um punhado apenas.
Fazer o que?
Agora é diferente.
Bolsonaro é um mistério.
A quantidade de amigos que apoiam Bolsonaro é assustadora.
Gente inteligente, articulada, educada, mas que por um obsessivo medo de uma pretensa "Venezualização", de uma "ditadura de esquerda", esquecem que Lula está preso e Dilma implicada exatamente porque temos uma democracia sólida que sobreviveu ao PT.
Gente que conhece o mundo, a história e não percebe que Bolsonaro ameaça essa democracia com seu autoritarismo, intransigência, belicismo.
Odeio sugerir teorias da conspiração.
Nem acho que essa seja uma conspiração. Ao contrário. Conspirações são secretas.
Aqui não têm segredos.
Está tudo claro, verbalizado.
Esses amigos, tantos, podem estar certos e eu equivocado.
E me enche de esperança quando vejo que outros, muitos, também pensam como eu.
Ainda há tempo.
Restam outros candidatos que podem ganhar força nestas últimas semanas.
Candidatos que podem superar Haddad e enfrentar Bolsonaro com alguma chance de vencer.
Por enquanto meu voto é de Ciro Gomes.
Pode ser de Alckmin, Amoêdo, Marina ou seja lá quem crescer e unir quem entende que Bolsonaro e Haddad não são opções viáveis para o Brasil.
O que mais assusta é que Bolsonaro já conseguiu o primeiro passo.
Convencer gente de bem de que o mal que ele representa não é assim tão grande.
Porque nenhum fascista assumiu o poder sem seduzir.

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