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quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Boa educação e PIB (Perfeito Idiota Brasileiro)


Fique esperto: analisar de onde viemos e quem somos não é “cuspir no prato que se come”. Você também não está desvalorizando o que é “da terra”. Não mesmo.

ENTENDA: é preciso fazer auto-análise constantemente, e perceber nossas falhas não é se depreciar. Isso é buscar melhorias.


Logo, entenda de uma vez por todas: perceber que somos um povo que precisa evoluir e muito, ajuda mais que tecer elogios a si mesmo. Isso não aumenta a segurança ou auto-estima. Torna-nos cegos e arrogantes.


Então, DE NOVO, perceba: não somos um povo tão educado como muitos acham. Na boa. Falta-nos gentileza. Educação. E os preceitos básicos de civilidade. Ok, isso não vale para todos. Mas vale para muitos. Entenderá especialmente se você já esteve fora do Brasil e viu a atitude de brasileiros lá fora.

E mesmo aqui: somos um povo oportunista. Egoísta. E com uma postura de ver o próprio umbigo de forma errada, valorizando-se demais, e criticando-se de menos.

Esse texto abaixo resume muito do que penso, e concordo muito com ele.

Texto para pessoas de direita. 
De esquerda. 
De centro. 
Para todos nós PIB´s do Brasil. 
Sejamos não PIB´s. 
E reconheça: somos um povo muito arrogante. 
Falta-nos humildade e cultura social. 
Do coletivo. 
E isso não tem a ver com política. 
É educação de casa. 
Na pior das hipóteses, é educação de povo.
Que não acredita no Little Way.

Transcrevo aqui, alguns trechos:

O Perfeito Idiota Brasileiro, ou PIB, também não ajuda em casa.

Ele atira suas coisas pela casa, no chão, em qualquer lugar, e as deixa lá, pelo caminho. Ele foi criado irresponsável e inconsequente. É o tipo de cara que pede um copo d’água deitado no sofá. E não faz nenhuma questão de mudar. O PIB é especialista em não fazer, em fazer de conta, em empurrar com a barriga, em se fazer de morto. Ele sabe que alguém fará por ele. Então ele se desenvolveu um sujeito preguiçoso. Folgado. Que se escora nos outros, não reconhece obrigações e adora levar vantagem.

O tempo do Perfeito Idiota Brasileiro vale mais que o das demais pessoas. É a mãe que fura a fila de carros no colégio dos filhos. É a moça que estaciona em vaga para deficientes no shopping. É o casal que atrasa uma hora para um jantar com amigos. As regras só valem para os outros.

Quanto mais alguém for diferente dele, mais errado esse alguém estará. Ele tem preconceito contra pretos, pardos, pobres, nordestinos, baixos, gordos, gente do interior, gente que mora longe. E ele é sexista para caramba. Mesma lógica: quem não é da sua tribo, do seu quintal, é torto. E às vezes até quem é da tribo entra na moenda dos seus pré-julgamentos e da sua maledicência. A discriminação também é um jeito de você se tornar externo, e oposto, a um padrão que reconhece em si, mas de que não gosta. É quando o narigudo se insurge contra narizes grandes.

Ele pega qualquer produto que esteja sendo ofertado numa degustação no supermercado. Mesmo que não goste daquilo. O PIB gosta de pagar caro, mas ama uma boca-livre.

E o PIB detesta ler.

Qualquer um de nós corre o risco de se comportar assim. O Perfeito Idiota é muito mais um software do que um hardware, muito mais um sistema ético do que um determinado grupo de pessoas.

Um sistema ético que, infelizmente, virou a cara do Brasil. Ele está no uso descarado dos acostamentos nas estradas. E está, principalmente, na luz amarela do semáforo. No Brasil, ela é um sinal para avançar, que ainda dá tempo – enquanto no Japão, por exemplo, é um sinal para parar, que não dá mais tempo. Nada traduz melhor nossa sanha por avançar sobre o outro, sobre o espaço do outro, sobre o tempo do outro. Parar no amarelo significaria oferecer a sua contribuição individual em nome da coletividade. E isso o PIB prefere morrer antes de fazer.

Na verdade, basta um teste simples para identificar outras atitudes que definem o PIB: liste as coisas que você teria que fazer se saísse do Brasil hoje para morar em Berlim ou em Toronto ou em Sidney. Lavar a própria roupa, arrumar a própria casa. Usar o transporte público. Respeitar a faixa de pedestres, tanto a pé quanto atrás de um volante. Esperar a sua vez. Compreender que as leis são feitas para todos, inclusive para você. Aceitar que todos os cidadãos têm os mesmos direitos e os mesmo deveres – não há cidadãos de primeira classe e excluídos. Não oferecer mimos que possam ser confundidos com propina. Não manter um caixa dois que lhe permita burlar o fisco. Entender que a coisa pública é de todos – e não uma terra de ninguém à sua disposição para fincar o garfo. Ser honesto, ser justo, não atrasar mais do que gostaria que atrasassem com você. Se algum desses códigos sociais lhe parecer alienígena em algum momento, cuidado: você pode estar contaminado pelo vírus do PIB. Reaja, porque enquanto não erradicarmos esse mal nunca vamos ser uma sociedade para valer.

 

O subtítulo: Ele fura fila. Ele estaciona atravessado. Acha que pertence a uma casta privilegiada. Anda de metrô - mas só no exterior. Conheça o PIB (Perfeito Idiota Brasileiro). E entenda como ele mantém puxado o freio de mão do nosso país





Ps: A imagem inicial desse post tem origem do “Profeta Gentileza”. Leia mais a respeito dele em https://pt.wikipedia.org/wiki/Profeta_Gentileza.

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Penso, logo, existo. E... se você está aqui, quer saber como eu penso. Se quer saber como eu penso, no mínimo, é curioso.


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