Fique esperto: analisar de onde viemos
e quem somos não é “cuspir no prato que se come”. Você também não está
desvalorizando o que é “da terra”. Não mesmo.
ENTENDA: é preciso fazer
auto-análise constantemente, e perceber nossas falhas não é se depreciar. Isso
é buscar melhorias.
Logo, entenda de uma vez por
todas: perceber que somos um povo que precisa evoluir e muito, ajuda mais que
tecer elogios a si mesmo. Isso não aumenta a segurança ou auto-estima. Torna-nos
cegos e arrogantes.
Então, DE NOVO, perceba: não
somos um povo tão educado como muitos acham. Na boa. Falta-nos gentileza.
Educação. E os preceitos básicos de civilidade. Ok, isso não vale para todos.
Mas vale para muitos. Entenderá especialmente se você já esteve fora do Brasil
e viu a atitude de brasileiros lá fora.
E mesmo aqui: somos um povo
oportunista. Egoísta. E com uma postura de ver o próprio umbigo de forma
errada, valorizando-se demais, e criticando-se de menos.
Esse texto abaixo resume muito do
que penso, e concordo muito com ele.
Texto para pessoas de direita.
De esquerda.
De centro.
Para todos nós PIB´s do Brasil.
Sejamos não PIB´s.
E reconheça:
somos um povo muito arrogante.
Falta-nos humildade e cultura social.
Do
coletivo.
E isso não tem a ver com política.
É educação de casa.
Na pior das
hipóteses, é educação de povo.
Que não
acredita no Little Way.
Transcrevo aqui, alguns trechos:
O
Perfeito Idiota Brasileiro, ou PIB, também não ajuda em casa.
Ele
atira suas coisas pela casa, no chão, em qualquer lugar, e as deixa lá, pelo
caminho. Ele foi criado irresponsável e inconsequente. É o tipo de cara que
pede um copo d’água deitado no sofá. E não faz nenhuma questão de mudar. O PIB
é especialista em não fazer, em fazer de conta, em empurrar com a barriga, em
se fazer de morto. Ele sabe que alguém fará por ele. Então ele se desenvolveu
um sujeito preguiçoso. Folgado. Que se escora nos outros, não reconhece
obrigações e adora levar vantagem.
O tempo
do Perfeito Idiota Brasileiro vale mais que o das demais pessoas. É a mãe que
fura a fila de carros no colégio dos filhos. É a moça que estaciona em vaga
para deficientes no shopping. É o casal que atrasa uma hora para um jantar com
amigos. As regras só valem para os outros.
Quanto
mais alguém for diferente dele, mais errado esse alguém estará. Ele tem
preconceito contra pretos, pardos, pobres, nordestinos, baixos, gordos, gente
do interior, gente que mora longe. E ele é sexista para caramba. Mesma lógica:
quem não é da sua tribo, do seu quintal, é torto. E às vezes até quem é da
tribo entra na moenda dos seus pré-julgamentos e da sua maledicência. A
discriminação também é um jeito de você se tornar externo, e oposto, a um
padrão que reconhece em si, mas de que não gosta. É quando o narigudo se
insurge contra narizes grandes.
Ele
pega qualquer produto que esteja sendo ofertado numa degustação no
supermercado. Mesmo que não goste daquilo. O PIB gosta de pagar caro, mas ama
uma boca-livre.
E o PIB
detesta ler.
Qualquer
um de nós corre o risco de se comportar assim. O Perfeito Idiota é muito mais
um software do que um hardware, muito mais um sistema ético do que um
determinado grupo de pessoas.
Um
sistema ético que, infelizmente, virou a cara do Brasil. Ele está no uso
descarado dos acostamentos nas estradas. E está, principalmente, na luz amarela
do semáforo. No Brasil, ela é um sinal para avançar, que ainda dá tempo –
enquanto no Japão, por exemplo, é um sinal para parar, que não dá mais tempo.
Nada traduz melhor nossa sanha por avançar sobre o outro, sobre o espaço do
outro, sobre o tempo do outro. Parar no amarelo significaria oferecer a sua
contribuição individual em nome da coletividade. E isso o PIB prefere morrer
antes de fazer.
Na
verdade, basta um teste simples para identificar outras atitudes que definem o
PIB: liste as coisas que você teria que fazer se saísse do Brasil hoje para
morar em Berlim ou em Toronto ou em Sidney. Lavar a própria roupa, arrumar a
própria casa. Usar o transporte público. Respeitar a faixa de pedestres, tanto
a pé quanto atrás de um volante. Esperar a sua vez. Compreender que as leis são
feitas para todos, inclusive para você. Aceitar que todos os cidadãos têm os
mesmos direitos e os mesmo deveres – não há cidadãos de primeira classe e
excluídos. Não oferecer mimos que possam ser confundidos com propina. Não
manter um caixa dois que lhe permita burlar o fisco. Entender que a coisa
pública é de todos – e não uma terra de ninguém à sua disposição para fincar o
garfo. Ser honesto, ser justo, não atrasar mais do que gostaria que atrasassem
com você. Se algum desses códigos sociais lhe parecer alienígena em algum
momento, cuidado: você pode estar contaminado pelo vírus do PIB. Reaja, porque
enquanto não erradicarmos esse mal nunca vamos ser uma sociedade para valer.
O subtítulo: Ele
fura fila. Ele estaciona atravessado. Acha que pertence a uma casta
privilegiada. Anda de metrô - mas só no exterior. Conheça o PIB (Perfeito
Idiota Brasileiro). E entenda como ele mantém puxado o freio de mão do nosso
país
Ps: A imagem inicial desse post tem
origem do “Profeta Gentileza”. Leia mais a respeito dele em https://pt.wikipedia.org/wiki/Profeta_Gentileza.
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