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terça-feira, 29 de novembro de 2016

Ocupe-se


Sempre disse: ser Profe é maravilhoso. Ainda mais com a responsabilidade que você tem ao estímulo à forma de pensar e agir de outros seres.

E ser um Profe com experiência de fazer acontecer, com erros e acertos na vida real além das portas da academia, vai estimular pessoas pela mesma vibe. Ou seja (perdoem-me os acadêmicos não práticos), quem sabe fazer, sabe ensinar melhor. A teoria precisa embasar a prática, mas a prática ajuda a produzir uma teoria que seria apenas, teoria.

E Profes, por favor: estimulem o empreendedorismo. Isso é tornar pessoas, independentes. Independentemente de onde elas trabalham.

Elas irão enxergar o mundo de forma mais prática. Criar um mundo coletivo e socialmente viável através do realizar.

Isso significa plantar sementes produtivas. E só então, coletivas. Do individual para o coletivo. Faça acontecer.

E agora, “Sessão Confessionário”: eu deixei de ser Jornalista pela faculdade de Jornalismo. Mais especificamente, por causa de alguns professores. Era uma tentativa infame e sem respeito de transformar a todos nós, em “politizados” de um determinado partido de esquerda, em crescimento na época. E na boa, sempre enxerguei isso como doutrina, visão cega ou míope da realidade. Além do mais, não preciso de ninguém me dizendo que SEM ESSE ALGUÉM, eu não sei pensar. Essa não. Eu sei pensar sim e gosto muito de argumentar, não decorar texto “pré-fabricado” ou idolatrar líderes carismáticos-populistas, moralistas ou com discursos aos berros. Uma verdadeira religião. Tipo seita, tá ligado? Nos idos de 1989, quando comecei a Faculdade, muita coisa era assim. Diretórios Acadêmicos que mais pareciam sede de partido político. E vejo hoje, infelizmente, alguns profes com a cabeça daquela época, puxa-puxa. Eka. Com todo respeito, mas EKA.

Eu sou um ser pensante, não preciso de partido político algum tentando disciplinar-me (leia-se: manipular-me). Já mencionei que o caso acima reporta atitude de um partido de esquerda. Disfarçados de “preocupados com o povo” tentaram criar uma espécie de ditadura mental, onde todos que pensavam diferentemente deles eram considerados de menor valia intelectual. Tipo “Elite Cultural”. Chato. Bitolante. E já naquela época, cafona. Até existiam sim, ideias legais, boas inclusive, com pessoas bacanas bem intencionadas. Louvava isso. Mas esse conceito de socialismo, já não colava na época. Muito utópico. Bonito, encantador para um mundo ideal, mas surreal na vida real. E nem venha com discurso pronto: eu nunca fui “Patricinha” e nem tampouco nasci rica. Hello.

Agora, outra história. Acompanhe.

E antes da época da Faculdade, creio que no último ano do primeiro grau (acho que na Oitava Série do Ginásio), determinado candidato a Prefeito da cidade que eu morava, fez uma tentativa de arrebanhar estudantes do “Ginásio” para realizar campanha para ele, sem dizer que era isso. Diziam que era um projeto de pesquisa que seria realizado com eleitores, mas veja só: recebemos cédulas pré prontas, com uma pergunta do tipo “Em quem você votará para Prefeito?”, e as respostas pré induzidas assim:

(   ) FULANO DE TAL (com o nome dele)
(   ) Outro a sua livre escolha. Cite:

Interessante, não é mesmo? Eu fui uma que levantou e disse: “Desculpem-me, mas não quero ficar. Não faço propaganda para nenhum candidato”. EKA parte 2.

Na época, eu tinha uns 14 anos, tipo isso. Até hoje, não confio naquele candidato que depois, veio a tornar-se prefeito da cidade que morei.

E o partido? Um de direita. Na época, o mais conservador, eu creio. Dos ricos e poderosos da cidade.

E então: um partido de direita e um de esquerda. Ambos tentando induzir, confundir, manipular. Seres humanos jogando com outros seres humanos, esses últimos, adolescentes. Os primeiros, nem tão humanos. Os segundos, manipulados, ou o que se pretendia deles. Nós, no caso.

E tudo isso, com a conivência de professores. Aqueles que deveriam nos estimular a pensar. Livremente. Por nossas próprias cabeças, de acordo com os estímulos recebidos por eles. Não subestimando nossas inteligências.

Mas não vamos falar somente de não alegrias. Pois valorizo e muito os profes dedicados, queridos e que foram linha-dura, em minha trajetória. Esses me ajudaram a pensar e tirar minhas próprias conclusões. E isso acontece com todo mundo.

E Profes, essa é a época.
De ouvir muito isso abaixo. E uma sugestão de resposta:


Eita pessoas chamadas de alunos!
Não confiem no seu poder de persuasão: estudem mais.

E pegando a onda das redes sociais e de alguns profes e pessoas adultas, que  i n c r i v e l m e n t e  estimulam as ocupações e dizem: “Não resista, ocupe!”...

... um amigo disse: “NÃO OCUPE, ESTUDE”. Simplesmente isso é o melhor que você pode fazer.


E eu ainda digo diferente (será melhor?): OCUPE-SE. E não seja um espantalho da vida.



PS: Cada vez mais me convenço que a direita e a esquerda radicais são opostos iguais em suas extremidades. Ou seja, são mais parecidos do que eles queiram perceber e assumir. Ilógicos, apaixonados e como dizer um sinônimo para... chatos? Haja paciência.

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Penso, logo, existo. E... se você está aqui, quer saber como eu penso. Se quer saber como eu penso, no mínimo, é curioso.


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Busco uma visão de longo alcance, sem aceitar verdades absolutas, preservando valores ALOHA, que são o ideal para um mundo mais honesto e verdadeiro.