A nova moeda do nosso século |
Histórias
surreais. Parte UM MILHÃO.
Tive
uma chefe. Ok, até aí, tudo certo. Ela era legal, uma scorpio, gosto de scorpios.
Sou uma, afinal.
Mas
tinha coisas, que a gente não tinha a mesma compreensão de mundo. Uma delas,
era com relação a cheirinhos. Isso, cheiros.
Ela,
na real, teve uma história meio tórrida na empresa. Você pode imaginar o que.
Pois então.
Em
uma de nossas conversas sobre a vida (sim, chefes contam sua vida, tudo certo.
Afinal, chefes são pessoas. No mínimo, personas), ela me falou:
(não
sei se foi um conselho, ou alerta)
"Dóris,
a mulher pode conseguir o que quiser, é só saber usar a força do seu
"cheirinho". Sim, você sabe de qual estou falando, Dóris". Fiquei com a boca aberta até agora.
(Até acho que o meu "Helloooooooo", surgiu nesse momento)
Não
foi uma cantada, ela gosta de meninos, e eu, muito mais. Acho que foi mais um
alerta do que conselho, ou um desabafo. Ou um relato pessoal, mais provável.
DÁ
PRÁ ACREDITAR?
Outra
situação surreal do mundo corporativo: aconteceu comigo. Euzinha.
Yes. Olha só: Em uma reunião de direção e cabeções
da empresa (sim, eu fazia parte dos cabeções, acredite!), sendo eu, a única mulher gestora na época, ouço essa, antes de começar a
reunião:
"Dóris, você pintou o cabelo de vermelho, não acha que isso não é adequado para uma executiva?"
Disse um dos "machos" (ao menos na aparência) predominantes. Os outros machos (não tão predominantes e não sei o quanto, de fato), riram.
Ha, ha, ha. Muito engraçado, patetas.
Eu não lembro exatamente o que respondi, mas calei a boca dos outros, quando apresentei projetos muito mais embasados que eles.
Qual a relevância da cor do meu
cabeço para o desempenho daquela empresa?
a) Muito importante, afinal, pela cor
do meu cabelo, poderíamos vender mais (e não era uma fábrica de tintas de
cabelo, hello)
b) Mais ou menos relevante, pois
pessoas poderiam falar "Oh, veja só, o cabelo da Dóris, nooooossa!"
c) Nada relevante, afinal qual a
importância da cor da cabelo da Dóris para o desempenho dessa ou de qualquer
outra empresa que não trabalhe com produtos capilares ou estéticos (o que era o
caso)?
d) Que p.... de pergunta é essa? O
que esse imbecil que falou isso, tem na cabeça? Que cabeça?
Escolha sua resposta. Mando a nota, depois. Passe de ano. Eita.
PS: Na realidade eis a resposta que dei, na época: "A cor do meu cabelo, troco quando quiser. Já o cérebro de alguns, fica difícil."
Claro que depois dessa, arrumei um
inimigo. Coisas della vita.
Veja o que me estimulou a escreveu, um case de machismo com racismo e preconceito: http://www.administradores.com.br/noticias/cotidiano/escola-recomenda-cabelo-liso-para-meninas-e-gera-revolta/107011/
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