Tive vários alunos e alunas que me questionavam assim, entre outras
coisas: "Profe, mas como é isso? Você falou que acredita em X questão. E o
Professor Fulano, acredita em Y. Quem está certo?"
E eu respondia: "Os dois e nenhum dos dois. Tudo depende de suas novas
formulações".
Ah? Cuma? O quêquê? Para quem não curte pensar muito, fica difícil entender. O contrário não
é verdadeiro.
Bem, na real, sempre disse que perguntas são mais importantes que
respostas. Vide as crianças. Sábias criaturas ao acaso. Perguntam POR QUE (separado) a "3 por 4". De monte.
Sou acostumada, e amo isso, a formular meu pensamento buscando vários
conceitos e construindo novos. Que tenham a ver entre si. Ou não. Só se consegue isso, lendo muito. E o faço. Curto isso.
Amo chegar a conclusões, mas AMOOOO mais quando me fazem pensar. Quando "quebram" minhas pernas. Quando me questionam.
Perguntam.
Porque fazem-me pensar em algo novo. Que me confronta com minha
ignorância. Do ato de ignorar. Desconhecer. Não ter pensado assim.
É fácil? Não. Mas podem me convencer com argumentos. Não cliclês, por
favor. Não extraídos de livros ou autores tendencionalmente (existe essa palavra?) radicais ao
extremo. Ou sabedoria de muro de vizinha. Hello. Não substime meu cérebro.
Gosto de gente que fala simples, mas com conteúdo. Nem todos conseguem
ser assim. Tem gente que complica demais. Hello. Na boa, tem gente que não entendo
quase nada que fala.
Não porque saibam demais. É porque leram demais aquilo e daquilo e decoraram as falas. Ou entraram na utopia alheia. Radicalizaram demais. IDOLATRARAM DEMAIS.
Escrever é entrar na alma. E pare de intelectualizar cliclês. São os
doutores da sabedoria alheia. Gente que escreve texto ao estilo "tenho
doutorado". Mesmo no caso de você defender uma tese, deixe a empáfia de lado, ok?
Posto isso, digo: gosto muito dos textos do Paulo Gleich. Ele transborda conhecimento, mas de forma altamente compreensível. Sem
deixar a ironia fina de lado.
Delícia de textos, os seus. Mesmo quando eles me dão ou dão-me um tapa de luva de
pelica. Não o caso desse, ao qual concordo do início ao final.
Eu sempre disse: exercite os músculos do cérebro. Cérebro tem músculo? Pois então: cabeções não são à toa, cabeções.
Separei esse trecho do texto do Paulo: "A vantagem da ignorância é que ela poupa a energia e o sofrimento psíquico que qualquer processo de pensamento complexo – logo, conflituoso – requer." Leia na íntegra, o meu e o dele. Somente se você está nas redes sociais. Ou nem não. Veja: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/proa/noticia/2015/12/paulo-gleich-a-vantagem-da-ignorancia-4923521.html
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