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domingo, 24 de maio de 2009

A mídia e pessoas PPP


Chamo de pessoas PPP na mídia, as Perfeitas, Poderosas e Produzidas. MUUIIIIIITO produzidas.

A mídia nos impõe um padrão de beleza?
Bem, a propaganda tem um sério papel na propagação de valores em uma sociedade. É comum várias propagandas tornarem-se ícones e padrões de comportamento de uma determinada "tribo social". Nesse sentido, a propaganda, bem como todas as ações de comunicação, têm grande responsabilidade social. Forma conceitos, opiniões, propulsiona atitudes. Pois bem, esse é o lado A da questão. O lado B contempla outra reflexão: a propaganda, bem como toda ação de comunicação, é um reflexo da sociedade. Sim, ela reflete os comportamentos e hábitos de consumo da população, e entenda-se população em geral, independente de nível social. Não vou entrar no mérito especifico, mas somente para ilustrar: todas as ações de comunicação focam públicos de interesse daquela marca anunciante. O desafio é linkar e satisfazer os dois lados da questão, ou seja:

1) Ter responsabilidade sobre a formação de conceitos sociais
2) Atingir os objetivos mercantilistas do anunciante

A tarefa da Comunicação é muito séria. É fundamental focalizar a ética, ou seja, ATINGIR AS METAS VOLTADAS PARA O CONSUMO, SEM PROPAGAR COMPORTAMENTOS SOCIAIS INADEQUADOS E PRECONCEITUOSOS, QUE FORMAM PARADIGMAS.

Essa questão é importante, a medida que proporciona o estimulo ao debate. Mas em uma única reflexão ou resposta, não vamos atingir a sua plenitude. Essa é uma resposta que se busca a muiiiiiito tempo. Quanto mais se pensa, menos se sabe, mas mais se sabe que é preciso pensar nela. Para que nós, profissionais de comunicação, façamos do nosso trabalho, um trabalho com vistas a atender clientes (que querem vender seus produtos e serviços), mas com uma comunicação mais socialmente correta. Menos preconceituosa e mais humana.

Posto isso, existem alguns exemplos DO BEM. O maior deles (dos últimos tempos), e com certeza a marca que primeiro trabalhou a negação do "belo e perfeitinho" (que eu me lembre e que foi amplamente divulgada), foi a marca DOVE. Com críticas ou não a marca (por parte de alguns profissionais da área, que alegam ser demagógica), a verdade é que essa campanha tem um grande valor social, porque fez as pessoas reavaliarem o seu conceito de "o que é belo de verdade."

Acredito em uma propaganda/comunicação mais ética e verdadeira, e que mesmo assim, VENDA MUITO.

A questão aqui, que também levanto, é o quanto as pessoas estão maduras e preparadas para a verdade. A sociedade, muitas vezes, prefere camuflar a verdade. E então, me desculpem, mas nesse caso, a culpa não é nossa, dos profissionais de comunicação. A culpa é da humanidade. Podemos até alertar ao cliente anunciante, mas andar totalmente na contramão é suicídio profissional. É romantismo puro.

Existem produtos que são difíceis de trabalhar-se a verdade de sua funcionalidade/uso, por exemplo, uma funerária. Penso que podemos e devemos dizer a verdade, mas podemos tentar suavizá-la. Nesses casos, o bom humor é um grande aliado, além de tratar com naturalidade, aquilo que todos sabem que é fato. FOI ISSO QUE A DOVE FEZ: TANGIBILIZOU A VERDADE.

Então, a melhor comunicação, é a verdade. VERDADEIRA VERDADE.

E olha a boa notícia: caminhamos para um período em que transparência está se tornando MODA. E então, EBA! A propaganda seguirá pelo mesmo caminho. Já está seguindo, se repararmos bem. Grandes campanhas estão se tornando aquelas que mostram os valores da alma: simplicidade, calor humano e verdade.

Para quem não conhece, veja a campanha da Dove, REAL BELEZA: http://www.youtube.com/watch?v=2DiHXFaCHWk

Um comentário:

Y disse...

O povo reclama que a midía impõe um padrão de beleza, porque eles só mostram pessoas bonitas nos meios de comunicação.
Porém se a propaganda só tiver pessoas normais, ou feias, a propaganda ira chamar menos a atenção e o produto irá vender menos...
Começo a achar que é a população que se auto impõe o padrão de beleza, e reclama por vê-lo na mídia, essa, que só quer agradar.

EBAAAA! Bom te ver!


Penso, logo, existo. E... se você está aqui, quer saber como eu penso. Se quer saber como eu penso, no mínimo, é curioso.


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Busco uma visão de longo alcance, sem aceitar verdades absolutas, preservando valores ALOHA, que são o ideal para um mundo mais honesto e verdadeiro.