“Empoderamento
é a ação social
coletiva de participar de
debates que visam potencializar a conscientização civil sobre os direitos sociais e civis.
Outro
sentido para empoderamento é o seu termo em inglês empowerment, que pode ser traduzido
como “delegação de autoridade”, que consiste numa abordagem a projetos de
trabalho que se baseiam na delegação de poderes de decisão, autonomia e
participação dos funcionários na administração das empresas”.
Hoje o empoderamento
é uma expressão muito usada. Fala-se em empoderamento para tudo: causas
femininas, relacionamentos conflituosos, empresas. Considero essa expressão o
novo ícone da década ou sei lá o que. A exemplo do estímulo ao individualismo,
dos anos 80. O PENSE EM VOCÊ MESMO, da época.
E já que voltamos algumas décadas, vamos falar de
outras? Pois então... já nos anos 90, focou-se um pouco mais no coletivo, mas
sempre com uma visão mais oportunista das relações, reforçada pela globalização
dos negócios e da relevância da informação, com um acesso aumentado
vertiginosamente em relação a década passada. A informação deixa de ser
privilégio de poucos, com o fortalecimento da internet. INFORMAÇÃO É PODER e...
CONSUMISMO.
A primeira década do novo século (ano 2000) tentou
fortalecer um espírito mais hedonista, com um consumo mais consciente e a
valorização da SUSTENTABILIDADE sob todos os aspectos. Além disso, a mudança de
classes sociais, onde a CLASSE MÉDIA representou uma mudança gigantesca ao
comportamento, interferindo muito no consumo e na economia, de forma geral.
E a partir do ano 2010, fortalecem-se as questões da
intolerância racial, da orientação sexual e das escolhas religiosas, pesando no
comportamento filosófico das pessoas. A política passa a ser mais discutida,
mas não necessariamente com o intuito da melhora coletiva, e sim como uma moeda
de PODER, estimulada pela abertura das ferramentas de comunicação através das
redes sociais. O PODER DO EU: EU COMENTO, EU CURTO, EU COMPARTILHO (não pelo
coletivo, mas pela imagem pessoal). Eu e os meus. Que têm a mesma visão que eu.
Em uma época onde tudo é baseado em pesquisas
(vide os artigos comportamentais), saliento que essa visão não é alicerçada em
uma tese ou pesquisa, e sim, trata-se de uma visão estritamente pessoal, com
base em minha vivência e experiência de vida e na observação do comportamento
humano. O que, como diz a descrição desse blog, é a essência do que publico:
minha visão de mundo. Ou seja, aqui expresso crenças pessoais, fortalecidas também
por minhas pesquisas e análises de textos, conversas, experiências em sala de
aula como professora e com base em meu trabalho de comunicação e marketing.
E a década que vivemos, é composta de que?
Aponto
algumas questões, para tentarmos construir o que ainda estamos vivendo:
- Grave crise econômica mundial, modificando padrões sociais
- A diminuição dos empregos formais, gerando necessidade urgente do estímulo ao empreendedorismo
- A popularização da internet de modo geral, especialmente através dos dispositivos móveis, fortalecendo as redes sociais como uma ferramenta de relacionamento e comunicação vital à sociedade de forma exponencial
- A quantificação das pessoas a partir de seus hábitos de comportamento, gerando clusters de consumo ou consumer groups
- O crescimento da intolerância religiosa, ampliando o preconceito de forma generalizada com os ataques terroristas
- Críticas e a não aceitação com relação a corrupção praticada pelas lideranças políticas, refletindo em uma análise inicial da corrupção praticada por toda a população
- Muitos desastres gerados por causas naturais e humanas em todo mundo, em conseqüência dos hábitos de vida da população mundial
- Saúde mundial em decadência, gerada pelo surgimento e proliferação de novas doenças, inclusive pandemias e epidemias
- O desrespeito às instituições e autoridades, gerando uma onda gigantesca de crise na segurança pública
- Os jogos eletrônicos se fortalecem como business de gente grande (big data e a internet das coisas)
- Grandes descobertas científicas, tornando a ficção científica o mais tangível e verdadeiramente possível
- O crescimento dos esportes e das artes como um todo (música, cinema, artes plásticas e cênicas, street arts), incorporados cada vez mais ao cotidiano comportamental das pessoas e das empresas
- A criação de ícones e os chamados “super-heróis” advindos dos mais diferentes canais e origens, com o crescimento da efemeridade do sucesso temporário, pois o que se entendia como o “cinco minutos de fama”, tornam-se tanto efêmeros como formadores decisivos dos padrões de comportamento, sendo um grande paradigma: como algo que pode ser tão efêmero tem tanto controle e determinação sobre nossas vidas?
- A infantilização dos adultos, que estão cada vez mais dependentes e irresponsáveis, sem noção de que não têm mais 20 anos (culto ao corpo em excesso e competição com mais jovens, em questões ligadas a vaidade pessoal), apresentando comportamentos de não responsabilização perante as relações interpessoais
- A moda sendo cada vez mais como um reflexo de nosso tempo, onde todos os gêneros são valorizados, em uma civilização cada vez mais bipolar (tripolar, quadripolar e por aí afora) na forma de agir
Pois esses ESTAMOS nós. A questão é saber se
seremos sempre e efetivamente assim ou apenas estamos um
tantoquasebastantemuito estranhos. Bipolares ao extremo. Gente estranha em uma
festa esquisita. By Life.
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