Fé
transformada em arma de manipulação: Pessoas, usem mais o cérebro. Não sejam
massa de manobra. AMEM. E amém.
Tenho
visto, muito e mesmo, manifestações distorcidas sobre a chamada “classe média”.
Aos “dirtorcedores” de plantão: que busquemos uma “classe médica” a eles!
Hello! Caso médico!
Na
boa, a classe média, antes de mais nada, mudou muito nos últimos anos. Primeiro
que a classe média do passado, dos anos 70, não é a mesma dos anos 2000. E a
dos anos 2000, não é a mesma do ano 2016.
Veja
como alguns radicais com uma lastimável visão antiga, ainda enxergam a classe
média, com expressões ditas dessa forma (não acredite nisso, por favor):
- “Papagaio de telejornal”, e que acredita na imparcialidade da revista semanal
- Não usa ônibus e somente seu carro (normalmente comprado a muitas prestações)
- Sempre está no limite do cheque especial, porque compra além do seu alcance pessoal
- Usa cartão de crédito para pagamento de roupa, gasolina, supermercado
- Faz viagens para lugares tipicamente ditos por quem não se caracteriza como “coxinha” (que lugares seriam esses? Fernando de Noronha, Cancun?)
- Não se preocupa com a favela, porque vive fora dela
- Ou não se preocupa com os pobres e com a infraestrutura de bairros mais populares, porque vive na zona sul
- Faz protesto ou reclama da violência só quando envolve pessoas de seu próprio bairro, ou a filha do executivo ou empresário
- Acredita e defende pena de morte, a redução da idade penal e a construção de presídios beeeeeem longe de sua cidade ou bairro
- Se incomoda com o pedinte ou o malabarista de sinaleira e com o camelô do centro da cidade
- O traficante passa a ser problema só quando ele (traficante) sai da favela e vem para o centro ou regiões “nobres” da cidade
Além
dos itens acima, essa é a principal visão desses que depreciam tanto essa dita
classe média: o empresário é quem “construiu” a classe média, para aumentar o
consumo e seus lucros. O vilão é sempre o empresário.
Sério
que ainda tem gente que acredita nisso, mesmo? Hello, sério?
Pare de considerar que coxinha não tem visão
social. E pare de chamar classe média de coxinha. Você está demonstrando que
apesar de considerar-se engajado e intelectual, está fora da atualidade
contemporânea de comportamento.
Esse estudo e visões são amplos e apenas estão começando.
Porque estamos no inicio de uma gigantesca mudança. Não colabore para
disseminar uma visão completamente ultrapassada, como se ainda vivêssemos na
década de 70 ou 80.
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