Acredito que somos segmentados por tribos, ou segmentos de afinidades. Logo, PESSOAS SEGMENTADAS.
O mercado publicitário e de negócios, cada vez mais planejará ações baseado em comportamentos de consumo, que refletem na verdade de quem nós somos, para onde iremos.
Ah, mas você não consome nada? Como assim, nada? Claro que consome! Não pense no consumismo somente como algo pejorativo ou ruim. Se não existir consumo, nosso trabalho e nossos objetivos ficam injustificáveis. E sim, podemos segmentar as pessoas por seus grupos de interesse, que vão definir seu consumo SIM.
E o que são tribos sociais?
Ah, quando menciono "tribo", quero dizer: "A partir de 1985 o sociólogo francês Michel Maffesoli começava a utilizar o termo "tribo urbana" em seus artigos, e em 1988 surgia o seu “Le temps des tribus: le déclin de l'individualisme dans les sociétés postmodernes.” O uso da noção era metafórico, para dar conta de formas supostamente novas de associação entre os indivíduos na "sociedade pós-moderna": o autor fala em neotribalismo.”
O texto de hoje, vai focar uma tribo especifica, muito interessante: Vitorianos do Século 20, ou Steampunk.
Veja, da internet:
Eles gostam de tudo o que é antigo, de roupas estilo vintage a computadores com teclado de cobre. Eles são os steampunks, uma turma que combina o fascínio pelas máquinas do final do século 19 com as modernidades deste século. O movimento nasceu nos Estados Unidos, ganhou a Europa e já tem adeptos no Brasil.
Os rapazes não cobiçam a última novidade da Macintosh. Preferem teclados de cobre de computadores antigos. As meninas não estão atrás dos jeans nem das camisetas mais transados. Gostam mais de espartilhos, saias e acessórios, a maioria saída de brechós. Eles fazem parte de uma nova tribo urbana chamada steampunks. Criativos e elegantes, esses jovens se autodenominam retrofuturistas, ou seja, misturam passado e futuro tanto no comportamento quanto no estilo. Isso significa viver o mundo de hoje com um olhar atento às referências de outros séculos. Mas, a principal inspiração vem da Inglaterra do século 19, ou a era vitoriana, quando os homens usavam cartolas, bigodes grandes e caídos, e as mulheres, espartilhos. Tempo também dos motores a vapor (daí o termo steam, que significa vapor em inglês) e das grandes invenções. Um steampunk, portanto, olha para o futuro, mas abomina produtos em série. Por isso, costumam dar toques pessoais a esses objetos - como revestir uma TV de tela plana com tecido estilo vitoriano, é claro.
O movimento steampunk nasceu nos Estados Unidos, no final dos anos de 1980, como uma vertente dos cyberpunks (que centravam sua filosofia na internet e seus efeitos sociais). Aos poucos foi se espalhando pelo mundo. Chegou até a Europa, especialmente Londres, Paris e Berlim. Aos poucos, ganhou adeptos na Austrália. Nos Estados Unidos, tornou-se mais forte em São Francisco e Nova York, principalmente no Brooklin - o atual bairro hype da cidade.
http://revistamarieclaire.globo.com/Marieclaire/0,6993,EML1699267-1741-1,00.html
Nesta realidade retrofuturista, conquistas magníficas foram alcançadas pela tecnologia graças a constantes Físicas que favorecem a eficiência da mecânica e o poder da eletricidade em dar origem a máquinas capazes do impensável. O fascínio pelo progresso tecnológico e por tudo que o Homem alcançou, contudo, convive com uma ignorada mas constante degradação ambiental, profundas diferenças sociais e com a iminência da desgraça que vai se tornando cada vez mais difícil de ser evitada.
Uma Distopia travestida de Utopia, a sociedade retratada no gênero SteamPunk é uma caricatura do mundo em que vivemos, onde a tecnologia convive grotesca e intrusivamente com os interesses sociais, interrompendo a passagem com os trilhos de um progresso desmedido e tortuoso, mal planejado e orientado por motivações que têm muito menos relação com as necessidades humanas que com interesses corporativos.
A origem do termo SteamPunk é recente, tendo surgido em meados da década de 80, quando Kevin Wayne Jeter tentava rotular seus trabalhos e os de seus colegas escritores Tim Powers e James Blaylock, que escreveram uma série de romances entre 1979 e 1986 cuja característica mais marcante eram as histórias de Ficção Científica passada na época Vitoriana, com tecnologia “retrô” e claras influências em clássicos da literatura de Ficção Científica.
Constantes inspirações no gênero SteamPunk, os romances de Ficção Científica do século XIX, como “20.000 Léguas Submarinas” e “Da Terra à Lua”, de Julio Verne; “A Máquina do Tempo” e “Guerra dos Mundos”, de George Orwell; “Frankenstein”, de Mary Shelley; e “A Connecticut Yankee in King Arthur’s Court”, de Mark Twain, não escapam, hoje, de ser associados ao novo gênero.
Esta resignificação dos subgêneros da Ficção Científica se estende a várias medias, incluindo o Cinema e, quem aprecia a cultura SteamPunk, começa a identificar a estética do novo gênero - seja ela intencional ou não - em filmes como “Metropolis”, “1984″, “Brazil - o Filme”, “Delicatessen”, “Jovem Sherlock Holmes”, “De Volta para o Futuro”, “A Cidade das Crianças Perdidas”, “As Aventuras do Barão de Munchausen”, “Wild Wild West”, “Pacto dos Lobos”, “SteamBoy”, “O Cavaleiro sem Cabeça”, “Liga Extraordinária”, “Van Helsing”, “Hellboy”, “O Grande Truque”, “A Bússola Dourada” e tantos outros.
Com sua estética por vezes bela, por vezes inusitada e por vezes grotesca, o SteamPunk conquistou o público Goth, Cyber, Industrial e Punk sem dificuldade, bem como todos os que apreciam a riqueza de detalhes que é fruto da colisão entre a tecnologia moderna e os recursos e a estética Vitoriana, repleta de Bronze, Couro, Cobre, Pano, Vapor e Eletricidade.
http://www.steampunk.com.br/
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