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domingo, 13 de setembro de 2015

Educação no hospital. Ou sanatório. Ou necrotério





Já falei sobre educação algumas vezes. Assunto bom. Assunto difícil. Assunto polêmico. Assunto necessário.

E sabe o Mario? Não “aquele que te pegou atrás do armário", por favorzinho! 

Estou falando do filósofo-educador-cabeção e tudo de bom... Mario Sergio Cortella! Veja algumas pérolas do Mário, da sua entrevista “Só um imbecil gostaria de fazer o que não gosta”:

"Um jovem diz: eu quero fazer o que eu gosto. Eu também. Só um imbecil gostaria de fazer o que não gosta. Todo mundo gosta de fazer o que gosta. No entanto, para fazer o que gosta é preciso que dê passos não tão agradáveis no cotidiano. Pois bem, qualquer um sabe que para obter prazer em algo é preciso algumas coisas que não são, no caminho, satisfatórias e prazerosas. Só que essa geração atual foi criada sem esse tipo de transição entre o desejo e o fato, entre a vontade e o sucesso, o anseio e a satisfação. Tem menino de 20 anos de idade que nunca arrumou cama, lavou louça."

E mais: "A tecnologia não pode ser nossa senhora, tem que ser nossa serva."

Eu, Dorizinha, penso que isso é muuuuuuito certo. Qual o mérito em fazer bem aquilo que gostamos? Não muito mérito. O mérito está em realizar bem aquilo que não gostamos e aprendemos a lidar. Vida. Isso é a vida. Que se aprende!

Ainda sobre esse assunto, sugiro ler Uma esperança na escola - Só Notícias
sonoticias.com.br

É um texto do Alexandre Garcia, que é tudo de bom! CONCORDO E MUITO!

Olha uma de suas pérolas do texto:

"A disciplina foi o caminho; a ordem e o respeito aos professores; o estímulo ao compromisso, à verdade, aos valores da família e da cidadania. E não fizeram mais que o óbvio."

E sabe de mais uma coisa? Não é porque "os tempos são outros" que podemos admitir certas coisas em sala de aula ou em qualquer outro lugar.

SE LIGA! Ser uma pessoa que respeita limites não é CHATO nem OBSOLETO muito menos FORA DA CASINHA. Os "mano" e as "mina" tem que "tá ligado" que antes do festerê, tem o trabalhê.

E p.... meu: isso não é chato. Ser eclético significa curtir a festa com a boa VIBE do UHUHU, mas entender que ler um livro até chegar no trabalho pode ser mais SHOW que ficar o tempo todo no Whatsapp ou nos últimos games que todos estão jogando.


E eu não estou falando aqui de jovens, não. Tem muita gente grandinha sem lógica e raciocínio algum. Reflexo de nossa construção medíocre da sociedade.

Se os pais já estão terceirizando a educação, e as escolas fazendo vista grossa em nome da preguiça, da evasão zero ou da necessidade do dindin que entra (transformando-se em FÁBRICA DE DIPLOMAS), vai sobrar para as empresas educarem criaturas que estão cada vez mais, deixando de serem seres humanos.

SENSUALIZE e DIVE menos. Menos SELFIE o tempo todo e mais conteúdo. E se por acaso você for lá e PÁ... TROLE menos, porque quem pode ficar “CHATIADO” é o seu chefinho. E nem sempre ele vai ser DOS SEUS.


SE LIGA, PESSOA.

Dicas bacanas:

A cultura francesa de educação aos filhos (independência e autonomia das crianças desde cedo com responsabilidade): veja o livro "Crianças francesas não fazem manha", de Pamela Druckermann.



Pensamento Reverso: DESCONSTRUIR PARA CONSTRUIR.

Ah, e por que a imagem desse post? Nessas e em outras situações, professor ou o “profe” tem que aguentar essas coisas... e essas ainda são bem “de boa”...

... mas é preciso repensar a educação para repensar a sociedade. Antes que ambos e todos estejamos no hospital. Ou no sanatório? Ou no necrotério? Será que já estamos?

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Penso, logo, existo. E... se você está aqui, quer saber como eu penso. Se quer saber como eu penso, no mínimo, é curioso.


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Busco uma visão de longo alcance, sem aceitar verdades absolutas, preservando valores ALOHA, que são o ideal para um mundo mais honesto e verdadeiro.