Por que ELE NÃO?
Porque não é uma
escolha. É uma afinidade.
Para quem, sem empatia, acha que é uma
questão política. Não. Não é. É uma questão HUMANA. Acorde. Por favor. E se não
acordar, não reclame das evidências que lhe aproximam dele.
A questão não é defender ou ser
contra. A questão é SE defender de B. Simples assim. Entenda ou não reclame
depois.
Dito por uma amiga:
“Eu tô tão amargamente desgostosa de
viver num país declaradamente, abertamente, desavergonhadamente conservador,
misógino, homofóbico, racista, contra direitos humanos! Sim, porque eu tô vendo
tanta gente (inclusive mulheres) apoiando um possível (talvez muito possível)
presidente que é tudo isso. É triste demais, lamentável demais, ver gente
próxima da gente, conivente com esse discurso. Tô com medo da gente se foder
mais do que já se fode, viu.”
Quando os idólatras da extrema-direita
entenderão que existem aqueles e aquelas (como eu) que ao decidir (e no meu
caso, decidi há muito tempo, desde ouvir a segunda frase dele) não votar em B,
não decidiram votar em L? Aliás, nunca votei em L. As pessoas NÃO VOTAM em B,
por raciocínio lógico e humanidade. Entendem isso?
Certos apoios, a gente entende. Por
exemplo, B e seu vice. Ambos têm valores similares. Mas quando percebemos pessoas
próximas da gente (que tínhamos como seres pensantes e bons), defendendo ele ou
assumindo o voto nele, é muito triste. Aceitá-lo. Justificá-lo.
Porque não é uma escolha. É uma
afinidade.
A tristeza dos que não votam em B e
não têm partido, muito menos, político de estimação é grande, porque nos
decepcionamos com a cabeça de quem achávamos, que conhecíamos. Porque apoiar
ideias tão esdrúxulas, retrógradas, fora da realidade e inumanas, garoto,
garota, isso dói.
Porque sinto-me responsável pelo mundo
depois que eu passei por ele. E não quero um "líder" como B. Ele
representa e reforça o pior de cada pessoa. A vitória dele, poderá representar
a vitória e confirmação do ódio e do separatismo.
Impressionante que algumas pessoas
parecem entorpecidas. Como disse um amigo: "Dormindo em um sono
eterno".
Sabe, o que ainda me dá esperanças
(apesar que os próximos 10 anos ou mais, serão horríveis), é perceber que
existem outros como eu, que ainda não perderam a empatia. A alma.
Estamos vivendo uma etapa de encontros
e desencontros muito profundos. De todos os cantos, de todas idades, de todos
os gêneros e características. Algumas afinidades, são intransponíveis.
Decepção irreversível.
Fica uma mácula, uma cicatriz.
E aqueles que não entendem isso, a
profundidade dessa escolha, não estão entendendo o quanto ela é grotesca.
Embrionária, que retrocede nosso tempo.
Sim. Não há desculpas. É humanamente e
tecnicamente impossível de explicar.
Entrelinhas falam por você, quando
você não fala. E se defende o indefensável, lá no fundo, aceita o que ele é,
diz e faz.
Indefensável = que não pode ser sustentado ou justificado; injustificável.
Tem coisas, que não têm opinião. Elas
simplesmente, são. Alguns não enxergam. Que pena. Chega um ponto na vida, que
você não pode mais aceitar certas coisas do mundo. Das pessoas. Porque você
quer um mundo melhor para a maioria, além do seu umbigo.
Com alguns isso acontece muito cedo.
Com outros, mais tarde. E com a grande maioria, nunca. EMPATIZE-SE.
Eu tenho conhecido algumas entrelinhas. E elas decepcionam. Ô, SIM.
Essas eleições, além de decisivas para
o geral (o país, economia e mercado e etc), está servindo para conhecer
pessoas. Aham.
E relativizar, também é defender. Se
você julga algo indefensável, não relativiza, suaviza, não tem mas nem talvez.
É isso.
Quando vejo pessoas defendendo seu
voto em B, decepciono-me +. Quer votar nele? Assuma a imagem que terá. Simples
assim.
Dito por um amigo:
“Na minha opinião, estas pessoas estão
revelando a sua sombra, identificados com a postura absurda dele. E outros, nem
é questão de sombra. Sempre foram violentos, descontrolados, prepotentes, donos
da verdade e se identificam de cara. Ainda bem que eu conheço pouquíssimas
pessoas compactuando com isso. A maioria dos meus amigos e conhecidos é lúcida.”
É não. É nunca. É jamais. Never,
criatura. Nem pensar.
Eu não quero. Porque eu penso,
logo, não voto. Nele.
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