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quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Por que ELE NÃO? Porque não é uma escolha. É uma afinidade



Por que ELE NÃO? 
Porque não é uma escolha. É uma afinidade.

Para quem, sem empatia, acha que é uma questão política. Não. Não é. É uma questão HUMANA. Acorde. Por favor. E se não acordar, não reclame das evidências que lhe aproximam dele.

A questão não é defender ou ser contra. A questão é SE defender de B. Simples assim. Entenda ou não reclame depois.
Dito por uma amiga:
“Eu tô tão amargamente desgostosa de viver num país declaradamente, abertamente, desavergonhadamente conservador, misógino, homofóbico, racista, contra direitos humanos! Sim, porque eu tô vendo tanta gente (inclusive mulheres) apoiando um possível (talvez muito possível) presidente que é tudo isso. É triste demais, lamentável demais, ver gente próxima da gente, conivente com esse discurso. Tô com medo da gente se foder mais do que já se fode, viu.”

Quando os idólatras da extrema-direita entenderão que existem aqueles e aquelas (como eu) que ao decidir (e no meu caso, decidi há muito tempo, desde ouvir a segunda frase dele) não votar em B, não decidiram votar em L? Aliás, nunca votei em L. As pessoas NÃO VOTAM em B, por raciocínio lógico e humanidade. Entendem isso?

Certos apoios, a gente entende. Por exemplo, B e seu vice. Ambos têm valores similares. Mas quando percebemos pessoas próximas da gente (que tínhamos como seres pensantes e bons), defendendo ele ou assumindo o voto nele, é muito triste. Aceitá-lo. Justificá-lo.

Porque não é uma escolha. É uma afinidade.

A tristeza dos que não votam em B e não têm partido, muito menos, político de estimação é grande, porque nos decepcionamos com a cabeça de quem achávamos, que conhecíamos. Porque apoiar ideias tão esdrúxulas, retrógradas, fora da realidade e inumanas, garoto, garota, isso dói.

Porque sinto-me responsável pelo mundo depois que eu passei por ele. E não quero um "líder" como B. Ele representa e reforça o pior de cada pessoa. A vitória dele, poderá representar a vitória e confirmação do ódio e do separatismo.

Impressionante que algumas pessoas parecem entorpecidas. Como disse um amigo: "Dormindo em um sono eterno".

Sabe, o que ainda me dá esperanças (apesar que os próximos 10 anos ou mais, serão horríveis), é perceber que existem outros como eu, que ainda não perderam a empatia. A alma.

Estamos vivendo uma etapa de encontros e desencontros muito profundos. De todos os cantos, de todas idades, de todos os gêneros e características. Algumas afinidades, são intransponíveis.

Decepção irreversível.
Fica uma mácula, uma cicatriz.

E aqueles que não entendem isso, a profundidade dessa escolha, não estão entendendo o quanto ela é grotesca. Embrionária, que retrocede nosso tempo.

Sim. Não há desculpas. É humanamente e tecnicamente impossível de explicar.

Entrelinhas falam por você, quando você não fala. E se defende o indefensável, lá no fundo, aceita o que ele é, diz e faz.

Indefensável = que não pode ser sustentado ou justificado; injustificável.

Tem coisas, que não têm opinião. Elas simplesmente, são. Alguns não enxergam. Que pena. Chega um ponto na vida, que você não pode mais aceitar certas coisas do mundo. Das pessoas. Porque você quer um mundo melhor para a maioria, além do seu umbigo.

Com alguns isso acontece muito cedo. Com outros, mais tarde. E com a grande maioria, nunca. EMPATIZE-SE.

Eu tenho conhecido algumas entrelinhas. E elas decepcionam. Ô, SIM.

Essas eleições, além de decisivas para o geral (o país, economia e mercado e etc), está servindo para conhecer pessoas. Aham.

E relativizar, também é defender. Se você julga algo indefensável, não relativiza, suaviza, não tem mas nem talvez. É isso.

Quando vejo pessoas defendendo seu voto em B, decepciono-me +. Quer votar nele? Assuma a imagem que terá. Simples assim.

Dito por um amigo:
“Na minha opinião, estas pessoas estão revelando a sua sombra, identificados com a postura absurda dele. E outros, nem é questão de sombra. Sempre foram violentos, descontrolados, prepotentes, donos da verdade e se identificam de cara. Ainda bem que eu conheço pouquíssimas pessoas compactuando com isso. A maioria dos meus amigos e conhecidos é lúcida.”

É não. É nunca. É jamais. Never, criatura. Nem pensar.
Eu não quero. Porque eu penso, logo, não voto. Nele.

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