Com licença, eu quero amar
Sabe de uma coisa? Amo a contemporaneidade. Amo o
futuro. Ficção científica é o futuro visto dos olhos de visionários entusiastas
do conhecimento. Amo quem ama o futuro. Sempre amei. Da arte a música... o
surrealismo, a música eletrônica... futuro. O suspense. Futuro. Quem me conhece
sabe que me apego ao que virá mais do que ao que foi... sabendo que o que foi
me constrói e faz parte de mim para sempre, não escondo, replico, falo, procuro
entender e entender-me com isso. Pois não adianta não falar ou esconder o
passado. Falar do passado não é apegar-se a ele, necessariamente. É construir
um novo roteiro que possa ser mais sólido e bacana, sem perder nossa
identidade.
Mas puta que pariu (palavrão é uma homenagem a
nossa Dercy querida Gonçalves): ser uma pessoa que muda e evolui por algo que
valha muito a pena, não é perder-se de si ou sua liberdade: é melhorar,
evoluir. CADA coisa que passo na vida, “me faz conhecer-se mais a mim mesma”.
E o que o amor tem a ver com sua individualidade?
TUDO. Tudinho. Repare nos CASAIS INTOCÁVEIS. Tenho vários amigos assim. Não são
perfeitos, mas juntos, são praticamente a perfeição. Alguns casais separados
chegam a causar dor a quem convive com eles, caso separem-se. Mas juntos, são
INTOCÁVEIS. Sólidos. Fortes. LINDOS.
Acha que criaturas assim não brigam? Brigam, porra
(Dercy)! Brigam muito, mas mantêm uma questão muito importante, comum a todos
casais intocáveis: não se perdem deles como unidade.
E que meleca do car.... (Dercy). Vivemos em uma época que,
com o perdão de sua e suas divergentes opiniões, estimula o individual e o
coletivo ao mesmo tempo, mas de uma forma completamente surreal. Acompanhe.
Acompanhem.
Individualismo: Eu sou de ninguém. E ninguém manda
em mim. Mimimimimimi. Sou livre.
Independente. Mimimi. Amo primeiro a mim mesmo. Mesma. Mimimi. Sei viver
sozinho. Sei ser só e livre. Mimimi. Criatura, olha só: você pode ser livre e
estar sozinho ás vezes, mas não sempre. Somos mais completos juntos. Desculpe
mas sim. Você pode ter escolhido mal alguma vez na vida, mas se teve alguém que
te fazia sentir muito bem na maior parte do tempo... não percebe o quanto isso
é importante? Preciso desenhar ou tradução simultânea ajuda?
E sabe de quem é a culpa? Do amor erroneamente
romantizado. Amor pode ser lógico e ser intensamente emocional. Pode sim. Amor
não precisa excluir a liberdade, a questão é aprendermos a gostar de coisas
diferentes. Mudarmos SIM por outros. Evolução, pun.... (Dercy).
Coletividade: Relações abertas. Desculpe, mas EKA.
Desculpa, respeito, mas não entendo e por mais que alguém tente me fazer
entender, no way. Não entendo. Leila Navarro, perdoa eu. Ok, o ser humano tem
desejos, e todos nós temos. Você pode amar muito seu namorado e amar a bunda do
Brad Pitt ou a boca loka do Vin Diesel sorrindo prá você (mesmo que da telinha).
Ou imaginar o Jonnhy Deep criativo-rebelde-irônico falando coisas inteligentes
ao seu ouvido. Ou aquela cara do sem-vergonha saboroso Homem de Ferro lhe
olhando bem fundo nos olhos. Pode tudo isso. Mas trocaria o seu lindinho por
qualquer um desses ou qualquer outro delicioso... trocaria? Tá, não responda.
Mas eu respondo: trocaria não. Trocaria não com uma condição: se você e ele
(seu namor/marido/noivo/peguete fixo mas muito fixo/coisinha de Jesus/amor da
sua vida) tivessem construído uma relação INTOCÁVEL. E amores intocáveis, não
nascem intocáveis. Eles se ajustam, se “ajuntam” (falei “ajuntar” em uma ocasião
em sala de aula e queria morrer de vergonha, meus ex alunos riram eternamente
de minha persona), se rejuntam. Juntos.
Cada pessoa que convivi, me deixou mais rica de
conhecimento e experiências. E amo isso! Aprendi a gostar de hip hop, surf
music, reggae, rock, ler, até surfar (na areia/sand board), tatuagem, perfumes
franceses, serra, litoral, fondue, mergulhar com os tubarões... viajar de
mochila, estudar Economia, navegar e comer sushi e sashimi feito por ele, voar,
superar uma cirurgia e até sim... praticar aquilo que todos gostam com a perna
do maluco quebrada... sim. Madre Deus (sim, eu curto). Caminhei muito, muito andei. Junto. E adorei
caminhar. Adorei. Conversar muito. Aprender a beijar. Apreciar as diferenças, até brigar um pouquinho por elas. Nos beijarmos. Vida é
emoção.
Vida é intenção da intensidade.
Dizem que essa é uma obra de Pablo Neruda. Outros
dizem que não. Sendo ou não... é uma bela poesia:
É proibido
É proibido chorar sem
aprender,
Levantar-se um dia
sem saber o que fazer
Ter medo de suas
lembranças.
É proibido não rir
dos problemas
Não lutar pelo que se
quer,
Abandonar tudo por
medo,
Não transformar sonhos
em realidade.
É proibido não
demonstrar amor
Fazer com que alguém
pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os
amigos
Não tentar
compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente
quando necessita deles.
É proibido não ser
você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não
te importam,
Ser gentil só para
que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que
gostam de você.
É proibido não fazer
as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e
fazer seu destino,
Ter medo da vida e de
seus compromissos,
Não viver cada dia
como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir
saudades de alguém sem se alegrar,
Esquecer seus olhos,
seu sorriso, só porque seus caminhos se desencontraram,
Esquecer seu passado
e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar
compreender as pessoas,
Pensar que as vidas
deles valem mais que a sua,
Não saber que cada um
tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar
sua história,
Deixar de dar graças
a Deus por sua vida,
Não ter um momento
para quem necessita de você,
Não compreender que o
que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar
a felicidade,
Não viver sua vida
com uma atitude positiva,
Não pensar que
podemos ser melhores,
Não sentir que sem
você este mundo não seria igual.
Isso não é pedir muito. E É TUDO QUE TODOS QUEREM. Isso é força.
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