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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Efeito Dunga: o mal do mundo é o palavrão?

O mundo precisa de mais Dungas, e acredite: não estou aqui fazendo a apologia ao palavrão, abra sua mente.

Eu gosto do Dunga. Não o conheço pessoalmente, mas gosto dele. E não porque é gaúcho, nada a ver. Não sou nadinha bairrista. E através dele, levanto uma questão polêmica: simpatia conta mais que eficácia, que garra, que força e convicção? Que verdade? Erra mais quem diz palavrão porque está até o limite da paciência, ou o maior erro é daquele que “fuça”, provoca, não tem respeito, sacaneia a liberdade alheia, desrespeita a opinião diferente da sua, favorece por amizade e deixa a inveja e o egocentrismo imperar nas empresas, em detrimento ao profissionalismo e eficácia? Bacanas são os politicamente ou socialmente simpáticos, em detrimento dos focados e não tão simpáticos ao que a maioria quer? Os elegantezinhos em detrimento dos verdadeiros, dos que tem sangue nas veias?

Tá certo, ele é meio estúpido ás vezes. Perde as estribeiras, alguns até o consideram mal educado. Mas alguém está vendo o lado dele? Não será a construção de uma imagem exageradamente ríspida? Sabe-se que tudo é uma questão de imagem. Ou da construção dela.

Sinceramente, acho que as pessoas são criticas demais com relação ao comportamento das pessoas. Ainda mais, com as pessoas seguras, convictas.

E vamos combinar: muitas vezes, o que rola aí é inveja. Aquela invejinha do mal.

Sim, ok. Ele é uma figura pública e tem que manter a classe e a compostura. Mas e o respeito a ele? A suas decisões?

Sabemos também, que quando quem tem o poder implica com algo ou alguém, sai de baixo. Ainda mais se esse poder é da imprensa. Da imprensa! Puxa! Sejamos menos críticos com ele, poxa!

Sabe, com respeito a todos: vamos parar tanto assim de criticar o Dunga, na boa. Não se deixem levar por opiniões jornalísticas. Ou opiniões construídas por eles. Afinal, as pessoas tem limites, não importa a posição e o cargo que elas ocupem. Tanto de um lado, como de outro. Isso vale prá Imprensa também, please.

Quem começou isso? Veja o estopim da discórdia (ou seria UM dos estopins?): http://portalexame.abril.com.br/tecnologia/noticias/cala-boca-tadeu-schmidt-assunto-mais-comentado-twitter-571853.html

De todas as coisas que li sobre o assunto, gostaria de deixar uma para análise, dita nesse texto aí acima, no Portal da Exame: "Xingou o técnico, é jornalismo; xingou os jornalistas, é crime contra a liberdade de imprensa. CALA BOCA TADEU SCHMIDT", foi uma das primeiras mensagens relacionadas a surgir e a ser retuitadas.

“Parceiro Dunga, não perca o foco, vamos em frente e faltam 5 jogos! A gente já sabe o que vai acontecer. Se o Brasil ganhar, é obrigação. Se perder, não vou querer tá na pele do Dunga.......” (de Romário, em seu perfil no Twitter).

Alguns pensamentos:

Charlie Chaplin: “Não devemos ter medo dos confrontos. Até os planetas se chocam e do caos nascem estrelas”.
Woodrow Wilson: "Se você quiser criar inimigos, tente mudar alguma coisa."
Josemaria Escrivá: “A crítica, quando tiveres de fazê-la, deve ser positiva, com espírito de colaboração, construtiva, e nunca às escondidas do interessado. Se não, é uma traição, uma murmuração, uma difamação, talvez uma calúnia… e, sempre, uma falta de honradez.”
Elbert Hubbard: “Para evitar críticas, não faça nada, não diga nada, não seja nada.”
Abraham Lincoln: “Só tem o direito de criticar aquele que pretende ajudar.”

Dunga ou qualquer um de nós, o que vale na vida são pessoas de caráter. Abaixo os covardes provocadores, invejosos que tentam destruir a imagem daqueles que no fundo, só querem trabalhar. E olha, agora não estou falando só do Dunga. Estou falando das várias empresas do mundo todo, de várias pessoas que praticamente não são pessoas em um montão de empresas por aí.

Como tem gente meia boca no mundo!

E voltando ao Dunga: eu prefiro mais Dungas pelo mundo dizendo palavrões mas sendo verdadeiros. Olha, tem pessoas e situações que não merecem outra definição que não aquela enfatizada por um estupendo palavrão. E olha, não sou mal-educada por isso. É que não suporto gente falsamente meiga. Párias da vida.

Dizer palavrão não é o maior defeito do mundo. Não seja tão hipócrita, vai.

“Nunca se justifique. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam.” (Provérbio Árabe)

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