Você nunca teve vontade de sair da realidade, e ficar isoladinho numa ilha? Acho que todo mundo. Mas seria numa ilha igual a do seriado LOST? Acho que não. Ou sim...
Independente de sua resposta, a verdade é que o seriado exerce um grande fascínio em muitas pessoas. Seria por causa do mistério? Dos aspectos psicológicos que envolvem os personagens? Da fantasia do “tudo é possível”? Pessoas que voltam a andar, que curam suas doenças mortais, que deixam os vicios de lado. Em Lost, isso é possivel. MAS SE PAGA O PREÇO DO ISOLAMENTO DA VIDA COTIDIANA, como a perda das comodidades nossas de cada dia: cama limpinha, travesseiro cheiroso, chuveiro quente, comida na geladeira.
Se você que está lendo e não está entendendo nada, porque esteve “hospedado” em uma ilha, isolado das informações “fúteis” do entretenimento televisivo, vamos lá, pesquisado da internet: “Lost (traduzido para o português, Perdidos) é uma série de televisão americana que conta a vida dos sobreviventes de um acidente aéreo numa misteriosa ilha tropical, após o avião que viajavam cair em algum lugar do Oceano Pacífico. A série tem um estilo único que segue dois tipos de histórias não ligadas entre si: primeiro, a luta dos 48 sobreviventes do desastre para sobreviver e viver juntos na ilha, e segundo, a vida das personagens principais, antes do desastre, através de retrospectivas pessoais, os flashbacks.” Esses flashbacks é que vão construindo parte da história, tornando passado e presente, e posteriormente futuro, partes confusas e ao mesmo tempo lógicas de uma história única. Só tem que exercitar mais a “caixola”. Pensar para entender. Ou achar que se entende.
Mesmo para aqueles que não gostam, é preciso reconhecer: essa ação chamada Lost é um sucesso de audiência, público, gerando fiéis fãs, que compram produtos relativos a série, como games, jogos de realidade alternativa (Lost Experience), revistas em quadrinhos, roupas, sites e tudo que move os mais fervorosos fã-clubes espalhados pelo mundo. Também é um sucesso de prêmios no cinema, tendo sido reconhecido como série, incluindo o Award Emmy para melhor série televisiva na categoria drama em 2005, melhor série americana importada na Academia Britânica de Prêmios Televisivos, também em 2005, e o Globo de Ouro por melhor drama em 2006.
E uma série que iniciou em 2004 e é sucesso até agora, tem o seu valor, não concordam?
Alguns desistem de assistir porque alegam não ter uma solução, uma resposta final. Mas minha opinião é que o barato de Lost, é exatamente isso: não ter a solução, despertar o espírito investigativo de seus telespectadores. Lost faz a gente pensar, um hábito que nem todos apreciam, infelizmente. Por isso, Lost está associado a Filosofia, uma das áreas de estudo do conhecimento humano mais importantes e ao mesmo tempo mais discriminadas. As pessoas, em grande maioria, têm preguiça de pensar.
Ah, e veja como é interessante a estrutura da série (pesquisado na internet): “Cada episódio começa geralmente com um cold open (uma técnica usada em televisão e cinema, que consiste em saltar diretamente para a história, no início ou abertura do programa, antes mesmo da sequência de títulos e créditos ser apresentada), precedidos por uma revisão do que aconteceu nos episódios anteriores dando segmento para a narrativa que se segue.”
E a mitologia? E o fascínio do desconhecido? Ingredientes perspicazes na trama. Prende a atenção daqueles que gostam do gênero ficção + adrenalina + suspense. Olha o que achei sobre a Mitologia Lost, na internet: “Em paralelo ao desenvolvimento dos personagens, os episódios de Lost incluem um número de misteriosos elementos que foram atribuídos a ficção científica ou a fenômenos sobrenaturais. Há um "monstro" que ronda a ilha; um urso polar em uma ilha tropical; um misterioso grupo de habitantes a quem os sobreviventes se referem como "Os Outros", uma organização chamada Dharma Iniciative que colocou várias estações de monitoramento e pesquisa na ilha; uma seqüência de números que têm feito freqüentes aparições na vida dos personagens do passado, presente e futuro, e ligações pessoais ou sincronizadas entre as personagens, que muitas vezes nem se conhecem.”
“Várias teorias criadas por fãs foram discutidas e rejeitadas pelos criadores da série, as mais comuns sendo que os sobreviventes do Vôo 815 estão mortos ou no purgatório. Além disso, rejeitaram especulações de que naves espaciais ou aliens estavam influenciando os acontecimentos na ilha, ou que tudo não passava de um delírio coletivo. Ainda foi negado que a ilha era um reality show da TV e que os sobreviventes seriam náufragos; também refutaram a teoria de que o "monstro" é uma nuvem nanobótica semelhante a que estava presente no livro Prey de Michael Chichton. “
E aqui vai uma pergunta, que você deve responder prá você mesmo: se estivesse numa ilha, e fosse um dos sobreviventes ao estilo Lost, com qual dos personagens se identificaria? Quem seria você? Como agiria? E por que? Bem, essas são questões tão ou mais misteriosas do que o fim de Lost. Eu assistirei.
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