Saiba
de algo que sempre acreditei: o efêmero, não
precisa ser efemerizado.
Pessoa,
você pode ter uma única noite (ou dia, ou meio-dia, ou hora) com alguém, e
aquele momento, não necessariamente ser efêmero. Pode ser eterno. De duas
formas:
1) Eterno na sua cabeça: fica em nível de
fantasia e de história a sempre ser lembrada, mas não necessariamente repetida
2) Eterno porque você irá repetir muitas
vezes: torna-se tão intenso que é impossível não repetir
Essas
relações efêmeras podem tornar-se relacionamento? Não sei se a primeira, mas a
segunda, com certeza. E pode tornar-se uma paixão tão visceral que se torna
amor. Ou um amor tão intenso que torna-se visceral. Sei lá.
Nunca
entendi (ou entendo, mas não gosto) como algumas pessoas (e muitas),
especialmente meninos, têm essa necessidade de efemerizar (antes que me digam,
a palavra efemerizar não deve existir de vero) relações. Mas efemerizar não é
respeitar o efêmero.
O
efêmero é bom. Efemerizar, não. Efemerizar é vulgarizar relações. Nesse caso,
nunca tornam-se relacionamentos.
Medo
do compromisso? Um pouco clichê. Mas acho que é isso mesmo. Não sou menino, não
penso como vocês, mas arrisco o pensar, até por minha experiência de ouvidos
(escutando cases) e na pele.
Ou
seja... sim, tive amores e paixões vapt vupt: evaporaram sem ao menos saber o
porquê.
Aliás,
por que não dizem o porquê? Motivos existem aos milhões, e tenho dificuldade de
entender essa necessidade atroz do ser humano em não lidar bem com a verdade.
Uma
verdade maldita vale mais que uma mentira bendita (essa frase é de Dóris, by
ME). E quanto ao silêncio? Hello, não suma. Ou se sumir, avise que vai sumir.
Já virou commoditie comportamental pessoas terminarem relações efêmeras assim:
vapt vupt, ou em um passe de mágica... cadê o lindinho? É tão mais elegante
dizer tchau!
Ok,
mas se a outra parte for maluquinha e der uma de “Pipoca maluca”, estourando
por todos os lados... problema é dela. Você foi elegante o suficiente para
fazer a sua parte.
Dar o fora não é dar no pinote. Você pode terminar com
alguém sem machucar essa pessoa.
E
mais doído que o não, é não saber o motivo do não.
Lide
mais com a verdade. É mais fácil para todos. E quando você menos esperar, pegou
o bichinho da sinceridade e passou esse vírus adiante. O vírus da elegância nas
relações. Até nas relações efêmeras. Sem efemerizar.
Como
dizia uma querida assistente/profissional que trabalhou comigo: tem que
cultivar.
Pois
então: cultive relações. Elas podem tornar-se relacionamentos. E no mínimo,
quando lembrarem do que aconteceu, sendo namorados, casados ou cases sem
título, irão dar boas risadas juntos. E de sobra, sobra um carinho na alma.
Respira
fundo e se joga. E aperta o botão do FODA-SE O MEDO. Não tenha medo. Sinta e
viva.
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