O que você encontra aqui?

Coisas do mundo e conceitos da autora, que tem uma visão contemporânea do comportamento humano.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Estranha a mente




A solidão é o preço que temos de pagar por termos nascido neste período moderno, tão cheio de liberdade, de independência e do nosso próprio egoísmo. (Soseki Natsume)

Sabe. O mundo. Mudou. Muda. Sempre. Estranhamente. Estranha é a mente. Que mente prá si mesma. Mesmo. Valores estranhos.

Estranha a mente que valoriza coisas estranhas. Gente estranha. “A gente estamos” pirando. Sejam os que fazem o estranho. Como os que seguem. E os que veem... piram por nada poder fazer. Ou vivenciam mesmo sem apreciar. Ou isolam-se de tudo. E isolar-se... no way. O que fazer? Não sei.

Qual a solução? Sei não. No mínimo, pensar. Tentar. Mudar.

Quem me conhece ou me acompanha, sabe que já falei isso outras vezes. Escrever para Dóris, é como libertar a alma. E assim deveria ser para todos. E saber expressar-se, é fundamental. É seu cérebro demonstrando que existe. E que sim: existe vida inteligente no seu mundo interior.

E sabe? Quando escrevo é sintomático: libero algo de bom. E algo que precisa libertar-se.

Aliás, falando em liberdade... eita mundo estranho, esse da liberdade. Afinal, o que é de fato ser livre?

Liberdade é um substantivo feminino. Mas que além de substantivo, pode tornar-se verbo. De ação, agir, fazer e praticar.

Ela é importante? A liberdade? Claro!!! Mas, olha só: ela é egoísta? Sob certo aspecto, sim. Aliás, penso eu (com a minha cabeça, é claro) que, quando a liberdade é tão valorizada, na real, você não é livre de fato. Explico.

Se você é livre de você mesmo, das suas visões limitantes, não tem essa de que alguém lhe oprime. Sua maior liberdade é sentir muito, mas muito intensamente o que você quiser sentir. Essa é a maior liberdade. Sem tempo certo, sem essa de que é cedo ou tarde demais prá isso ou aquilo. Sem essa de que precisa de tempo prá conhecer alguém, uma empresa, uma situação.

Ao juntar lógica, sentimento e experiência.... não existe essa de tempo certo.



O problema está exatamente aí: gente que se fecha. Freia. Limita. No sentir. No querer. No comprometer-se.

E existe diferença no envolvimento e no comprometimento. Você se envolve ou se compromete?



Você quer fazer parte de uma história?

Quando estamos comprometidos, nada é obrigação. Tudo é um prazer. Nada que se faz soa como uma cobrança. Soa como algo natural, prazeroso.



Vivemos hoje, dias tristes nas relações; o que se enxerga, é a falta de comprometimento como algo natural. Como algo hedonista. E realmente, não é. De que vale uma suposta liberdade se você busca incessantemente o prazer em algo que não existe?

Tempos estranhos. De mentes estranhas. E nisso tudo, podemos detectar 3 tipos básicos de pessoas, no tocante a relações envolvendo sentimentos:

ONE: A pessoa que desistiu de relacionar-se. Desistiu de sentir. Triste solitário. Não nascemos para viver sós. A solidão acostuma você a estranheza do egoísmo interminável.

TWO: A pessoa que quer sentir demais, sem foco, sem mensurar, do tipo “Eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também”. Cansativo.

THREE: E a pessoa que quer sentir em parceria. Em construção. Evolução. Crescimento. Em mudança ampliada ao estar junto. Que não é perfeita ou busca o perfeito. Busca apenas o comprometer-se. Andar junto. Crescer junto. Evoluir. Junto. Com. Ele. Ela. A pessoa que escolheu para estar junto.


E olha... como é difícil muitos entenderem isso! Fazer então... muitos não entendem. Muitos.

E entre esses 3 tipos, podemos ás vezes encontrar um quarto tipo, que nem chega a ser um quarto, mas uma mescla dos 3: quer isolar-se, ao mesmo tempo que não se decide nas opções mas aparenta estar sólido. A esses, incluo muitos e muitas, casados e casadas ou apenas aqueles que dizem querer comprometer-se e que, ao longo de suas relações, vivenciam os 3 tipos e permanecem lá. Entre um e outro tipo interminavelmente. Sem nunca definir-se.

Mentes estranhas. Estranhas mentes. Que desperdiçam vidas. Amores. O AMOR. E não reconhecem o que realmente tem valor. Triste. Lastimavelmente triste.



E nessa busca incessante... apreciam dizer que “A fila anda”, ou “Vou pensar em mim primeiro” ou “Preciso amar primeiro a mim”.  Porque dói menos pensar assim do que enxergar que aquele amor que você perdeu porque preferiu ficar “livre” nem sempre dura para sempre sem lutar por ele; que aquela oportunidade perdida foi porque você demorou para tomar a decisão; que aquele emprego que você reclamava o tempo todo podia render muito aprendizado.

E não venha dizer que “o que é prá ser, será.” Acho muito fatalista. Na vida real, nem tudo tem volta. Ou tem, no tempo certo de voltar. Mas mesmo assim... pense mais. Com a mente que não mente e que não é estranhamente uma estranha mente.

Nenhum comentário:

EBAAAA! Bom te ver!


Penso, logo, existo. E... se você está aqui, quer saber como eu penso. Se quer saber como eu penso, no mínimo, é curioso.


Curiosos ALOHA fazem bem para o mundo. Então, é nós no mundo, porque não viemos aqui a passeio!


Busco uma visão de longo alcance, sem aceitar verdades absolutas, preservando valores ALOHA, que são o ideal para um mundo mais honesto e verdadeiro.