O que é ser herói por acaso? É vencer uma eleição com base em uma posição diferente da maioria, simplesmente buscando a diferenciação pela diferenciação? Ou ainda, é “protestar” em uma determinada situação, dando seu tempo e atenção a quem não merece?
Tem gente que vota em malucos por aí, dizendo que é voto de protesto. COMO ASSIM? Protestar é não colocar louquitos e maluquetes na política. Pode acreditar: ignorá-los é o maior protesto.
Nunca entendi pessoas que dizem que vão fazer o voto do protesto, porque não acreditam mais na política, e que vão votar em nomes “nada a ver”. Então, colocam pessoas na política que não sabem nada de política. Que evidentemente estão no poder político (seja na cena municipal, estadual ou nacional), sem nem sequer saber o que seus cargos em questão têm como dever. Ou seja, se candidatam a algo e nem sabem os atributos daquela função.
Veja da Internet:
O termo voto de protesto, é usado para designar situações, onde, durante uma disputa eleitoral, o eleitor decide anular o voto ou votar em candidatos considerados excêntricos ou de algum modo folclóricos, como forma de manifestar sua indignação com o sistema eleitoral vigente, ou com as opções de candidatos apresentadas pelos grandes partidos.
No Brasil, ficaram conhecidos como votos de protesto os casos onde o rinoceronte Cacareco (em São Paulo) e o macaco Tião (no Rio de Janeiro), tiveram expressivas votações, ainda na época das cédulas de papel, sendo, de todo modo, estes "votos" considerados como nulos. Por este motivo, o voto de protesto também é conhecido como voto cacareco.
Em 2002, porém, o candidato Enéas Carneiro, que recebeu um milhão e seiscentos mil votos, sendo o deputado federal mais votado no Estado de São Paulo aquele ano, foi identificado por parte dos analistas políticos com o voto de protesto, situação que se repetiria mais tarde, em 2006, com o estilista e apresentador de TV Clodovil, eleito deputado também com votação recorde.
Em 2010, o palhaço e humorista Tiririca lançou sua candidatura para deputado federal. Após aparecer na propaganda eleitoral gratuita utilizando-se de chistes e deboches caracteristicos de seu personagem, ganhou popularidade e passou a ser visto em seu partido como um grande "puxador de votos." Em um video de sua campanha, perguntava ao eleitor o que um deputado federal faz, diz não saber mas que irá descobrir e contar caso seja eleito. Também afirmou que iria ter como meta cuidar das famílias, principalmente a dele. Tiririca acabou sendo eleito, obtendo a marca de 1.353.820 votos (6,35% dos votos válidos), ajudando a eleger outros três candidatos. Sua popularidade é vista por analistas como mais um caso de voto de protesto, sendo sucessor, portanto, de parte dos votos de Enéas, bem como dos votos de Clodovil, ambos então já falecidos.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Sinceramente, com todo respeito a liberdade de expressão (ou ás vezes, da não expressão), penso que praticar o “voto de protesto”, colocando alguém nada a ver no poder político, é uma ação politicamente e socialmente incorreta. Que pode nos prejudicar e muito. Proteste zerando o placar de quem não deveria, nem ao menos, concorrer ao de zelador de seu prédio. Nada contra os zeladores. E sim, tudo contra os falsos políticos.
Sim, existem heróis por acaso: são aquelas pessoas que ajudam outras que nem sequer conhecem. Que fazem a sua boa ação de cada dia. Isso pode acontecer todos os dias, bem na frente do seu nariz. Esses sim, são verdadeiros heróis. Jamais esses pretensos oportunistas de imagem, que acabam aproveitando-se de situações do cotidiano, para se promover.
Valorize o seu voto. E pense bem no seu pretenso voto de protesto. Protestar, na sua definição literal, é reclamar, advertir, censurar, queixar. Votar em quem não merece seu voto, não tem nada a ver com essas definições.
EM TEMPO: A imagem acima talvez possa chocar falsos moralistas, retratando uma "malcriação" do Macaco Tião, o famoso. Mas na real, ele está sendo mais "honesto" que muita gente dita civilizada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário