Sou daquelas que some quando está triste. Isso mesmo. Sou daquelas que quando está triste ou com problemas, se esconde numa caverninha. Coisa de scorpio, eu acho. Mas prefiro. Não é orgulho, que nada. Quando pedir ajuda, é porque preciso mesmo. Sou assim, né? Mas essa regra não vale quando tenho que lutar por algo, do tipo... procurar emprego, conseguir resolver um problema sériozão, lutar por algo que quero muito.
Mas nos nossos dias, a idolatria ao socialmente apresentável, participativo, ás vezes nos coloca numa situação meio chata, de não poder ficar só. Como se ficar só fosse errado, ou algo inaceitável. Só quietinha num canto, sabe?
Não prego aqui, a idolatria ao isolamento perene e eterno. Tá certo que virar um eremita não é uma má idéia ás vezes, mas é muito bom conviver com nossos amigos, conhecer novas culturas, evoluir coletivamente. Só que calma, tem momentos que é muito bom ficar quietinho em casa, fazendo coisas que a gente gosta: ler um livro, ver um filme, pesquisar na internet, escrever, limpar armários, procurar lembranças antigas... a gente precisa disso. Da gente mesma. Ficar se curtindo, sabe? Prá voltar mais inteira, mais a gente mesma. Ou mesmo. Auto-conhecimento é um dos caminhos para o acerto no convívio social. Mas não pode ser “prá sempre”, tá bem? Tem um momento que tem que ir ao mundo, curtir o sol, gente, chimarrão, caminhar, paquerar, sei lá, fazer o que lhe der na telha. Viver é bom, afinal.
Mesmo com todo engarrafamento, mortes, violência, catástrofes da natureza, ainda é muito bom viver. Acredite.
E divulgo aqui, a querida Martha, a Medeiros. Ouso dizer que nosso texto é parecido... sempre escrevi assim, meio solto, meio humanamente sensível. Coisa de gente... gosto de escrever disso. Ás vezes apelo pro meu lado “eu mesma” e escrevo solto, como vou sentindo na alma. Na mente. Nas duas.
Mas voltando a Marthinha, ela foi uma das pessoas que me inspirou prá assumir meu lado “escrevo como e prá gente”, que é o jeito dela escrever também. Esses dias, li um texto que ela publicou em 21 de Fevereiro desse ano, e esse texto dela (“O direito ao sumiço”) me inspirou a escrever esse texto meu. Veja aqui: http://www.clicrbs.com.br/especial/sc/donna/19,210,2813388,Martha-Medeiros-O-direito-ao-sumico.html
Como ela me inspirou, nada mais justo que divulgar ela, não concordam? Abraço prá você, grande Martha.
E vejam esse vídeo, que nos faz pensar: http://www.youtube.com/watch?v=U2LcBmoE6Ws
2 comentários:
Quando quero ficar só é quando mais me procuram. Minha solidão é sempre em boa companhia.
Dóris, sou um desses amantes da solidão, me sinto bem comigo mesmo rsrsrs
E não penso nisso como algo ruim não...pois quando encontro as pessoas que gosto e mesmo àquelas que nem tanto...estou renovado, recarregado, pronto para dar, sem pensar e receber...
Um beijo querida!
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