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domingo, 2 de novembro de 2008

Tá ligado? Ou Choque na Veia


Você precisa se ligar. Precisa começar a perceber o que está acontecendo a sua volta. Pensar mais, e não aceitar as verdades absolutas.

Estamos em um mundo absurdamente surreal. Trainspotting, assistiu (Trainspotting, livro transformado em cult pelas mãos do cineasta Danny Boyle. Trainspotting, na gíria escocesa, é uma atividade sem sentido, algo que é uma total perda de tempo. Essa expressão resume as vidas de jovens moradores de Edimburgo que passam a maior parte de seu tempo se embebedando em pubs, assistindo a jogos de futebol pela televisão e, principalmente, se drogando. Explicitando toda a dor e a banalidade de ser jovem em um mundo de portas fechadas (onde a maior oportunidade que se pode esperar é conseguir um emprego reles em uma grande empresa, ter filhos e desfrutar de uma velhice obesa), Irvine Welsh narra, com ironia e sem meias palavras, o cotidiano de jovens que renunciaram a tudo isso, que preferem se perder em um mundo de contravenções, vagar pelas ruas sem rumo, a ceder a uma vida adulta que não faz o mínimo sentido)?

Doido, maluco, fora da casinha. Ei, mas o que de fato é mais doido? Viver fora ou dentro dos padrões? Você precisa tomar mais choque na veia, cara! Precisa se ligar.

Estamos na época da reavaliação de tudo, de tudo mesmo. Pessoas falando em NADISMO, outras em TUDISMO... O que é isso?

A base do Nadismo é destinar alguns momentos do dia, para não fazer nada. Em contraponto a essa questão, já ouvi idéias sobre o Tudismo, mais associado ao ócio criativo. Fazer sempre algo SIM, mas algo que nos dá prazer. E transformar o que fazemos, em prazer.

Mas realmente, é importante não fazer nada? E fazer tudo, viver em um mundo de total stress, loucura, loucura... É melhor ser workaholic e hiperativo, ou sem compromissos ao extremo? Sei lá...

Na real, precisamos é fazer de tudo mais um pouco menos, mas com qualidade. Com envolvimento.

Prá sobrar mais tempo de fazer tudo que gostamos: viajar, dançar, praticar esportes, ler, namorar, escutar música (eletrônica)... E até, trabalhar naquilo que nos dá prazer. Aliás, quando trabalhamos com prazer, nosso ofício torna-se tão prazeroso como qualquer outro hobbie. Você vota pelo Nadismo ou pelo Tudismo?

Prazer é o que se quer. Trainspotting sem drogas. De vez em quando, até que é bom. Perda de tempo? Sei lá...

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EBAAAA! Bom te ver!


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Busco uma visão de longo alcance, sem aceitar verdades absolutas, preservando valores ALOHA, que são o ideal para um mundo mais honesto e verdadeiro.