Não entendo a humanidade. Estamos cada
vez mais absurdos. Alguns, especialmente.
Não confunda cérebros conservados
com cérebros conservadores. Cérebros conservados são necessários para a
manutenção do que é bom e a ampliação da inovação.
Expandem
p
o
s
s
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b
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l
i
d
a
d
e
s.
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Cérebros conservadores só geram polêmicas,
preconceitos e falta de visão de longo alcance.
E talvez SIM, seja essa volta absurda
do conservadorismo. Sabe, tenho uma hipótese: de tempos em tempos, uma barata procria
uma praga, um vírus ou seja lá o que for, e transmite esse para o cérebro de um
ser humano, e esse vai proliferando e aumentando e crescendo e retransmitindo e
repassando e reproliferando tantas idiotices encefálicas (ou gerando morte
encefálica) sem parar...
E quando isso para? Não sei, mas
SOCORRO! Estamos vivendo essa fase, e por favor, alguém faça algo!
É muita gente ABSURDA (para não falar
outro nome) por aí. E o pior é que existe gente MAIS ABSURDA AINDA que segue
essa gente absurda, e faz com que ideias SURREALMENTE MAIS ABSURDAS SEM PARAR (as “Ideias Hellooo”, onde o que se deve dizer é “CADÊ SEU CÉREBRO” ou o
legítimo “Onde está Wally”), cresçam.
Às vezes, em momentos quaisquer,
leio algumas postagens em perfis de amigos. E ainda, alguns comentários de
amigos dos amigos. E me arrependo. O ser humano está desequilibrado. Louco e
burro. Na média, é isso. Mostra-me como escreves que te direis quem és. E
especialmente, o que escreves. Acho que faço isso (ler), para confirmar: venham
ET´s. Acabem conosco. Não tem mais jeito. Nossa e puxa-puxa, Snoopy.
O mundo está
burro demais. Poucos escapam.
Gente que não
sabe argumentar.
Gente que não
sabe interpretar.
Gente que não
sabe respeitar.
Gente que é
infantil: movida por paixão e raiva. Gente que se tivesse uma arma na mão, você
sabe o que faria.
Gente que nem
sequer, consegue escrever uma linha compreensível.
Semi-analfabeta.
Ou insensível. Gente preconceituosa. Gente que pira. Não respira. E transpira
ódio.
Mais um assunto e um programa
necessários. Parem de uma vez, senhores e senhoras conservadores. O
conservadorismo destrói cérebros. Visões. Pessoas. VIDAS. Parem. Veja mais
disso: https://gshow.globo.com/programas/conversa-com-bial/episodio/2018/04/10/videos-de-conversa-com-bial-de-terca-feira-10-de-abril.ghtml?utm_source=facebook&utm_medium=share-bar-desktop&utm_campaign=share-bar&#video-6652726-id
E olha, vou
transcrever (eis o link, LIBERDADE DE EXPRESSÃO: http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,liberdade-de-expressao,70002258835),
POIS O CONTEÚDO É SOMENTE PARA ASSINANTE:
Leandro Karnal, O Estado de S. Paulo // 08 Abril 2018
| 06h00
Eu tinha muita irritação, ainda jovem, em ver o certificado da
censura federal antes de um filme no cinema da minha cidade. Íamos ao Cine
Brasil ou ao Cine Independência, em São Leopoldo. Era o período da ditadura
civil-militar (1964-1985). A censura é um obstáculo ao pensamento crítico e
tenta unificar aquilo que, por natureza, é diverso: o pensamento humano. Veio a Nova República e descobrimos que a palavra nova escondia
hábitos antigos. O governo Sarney proibiu um filme, Je Vous Salue, Marie (1985,
Godard), e tivemos de vê-lo, clandestinamente, no diretório acadêmico da
faculdade. Nunca gostei muito da obra, todavia a proibição a tornava
obrigatória. A Constituição de 1988 aboliu a censura, bastando reler o artigo
cinco se restar dúvida a algum cidadão. Excessos passam a ser atendidos com
ações legais sob os títulos de calúnia, difamação e injúria. Como sempre, após
uma noite escura, muita gente é ofuscada pela luz do dia. Nunca, em nenhuma
sociedade, tenho direito a defender tudo. Há os limites da lei contra o
anonimato, por exemplo, vetado pela mesma Carta Magna. Há claras considerações
penais e éticas: não posso defender a pedofilia, o espancamento de mulheres ou
a tortura. Crime continua sendo crime e nossos códigos barram a apologia à
transgressão. Sociedades abertas costumam enfrentar outro padrão de
cerceamento: os imperativos do público consumidor. Talvez a ditadura do gosto
geral ou do lucro presumido seja mais eficaz na limitação da criatividade do
que o velho certificado da censura federal durante os anos do estado de
exceção. Questão sempre ambígua: o mercado e o senso comum seriam mais
inibidores do que austeros censores? Alguém pode lembrar que, em regime
ditatorial e com censura plena, produzimos grandes nomes na música, no teatro e
nas artes plásticas. Aparentemente, a MPB, a escrita literária e a arte
funcionam de forma mais criativa em ambiente repressor. Comparemos o valor
vocal e os conteúdos das letras de Elis Regina ou de Tom Jobim com alguns dos
sucessos atuais e poderemos, novamente, refletir que somos mais livres, não
necessariamente melhores. Tenho um amigo que se situa bem mais à esquerda no
espectro político do que eu. Ele teve ataques apopléticos quando do episódio da
exposição do Santander. Espumando, anunciava o Apocalipse e quase iniciava um
movimento de guerrilha urbana para possibilitar a continuidade do evento em
Porto Alegre. Além de todos os argumentos legais, meu amigo perguntava
taxativo: “Não gosta do conteúdo? Não vá! Não vá! Mas não impeça outros de
irem”. Concordava com ele em alguns pontos da argumentação. Pois bem... Passado
um certo tempo, ele foi informado de que um grupo político conservador faria
uma palestra na Unicamp. Encontrei-o novamente possesso. “Temos de impedir,
eles são fascistas!” Nossa conversa tornou-se mais ácida. Eu lembrei dos
frescos argumentos sobre a exposição. “Você não concorda com a palestra? Não
vá!” Eu, particularmente, só me oporia se o evento fosse uma defesa de um
crime. Até lá, ser conservador ou ser de esquerda não está tipificado como
infração. Ele não aceitava. Parecia-me que a dificuldade era o comum da nossa espécie
humana: somos livres, plenamente livres , desde que o outro confirme nossas
ideias. É inadmissível que ocorra algo contrário ao que eu penso. Assim sendo,
vamos assumindo nosso posto na Real Mesa Censória criada por Pombal. Há um
Torquemada ansioso em todos nós. Censura é o ponto em que Médici e Stalin se
beijam felizes em comunhão. A tentação da censura é comum a ditaduras de todas
as cores políticas. Grupos radicais convivem mal com a diversidade. Democracia
é um pano bonito com o qual pessoas autoritárias, por vezes, cobrem seus
projetos de poder. Pouca gente entende que a liberdade de expressão é para eu
dizer o que eu quero (dentro dos limites já apontados) e, por vezes, para ouvir
o que eu não quero. Convivo há anos com autoritários que usam da ideia da
autonomia de pensamento para perseguir e eliminar vozes contrárias. Conheço de
longe a ambiguidade dos grupos que consideram liberdade de expressão como um
prolongamento da própria opinião. Não existe ilegalidade em ser de direita ou
de esquerda. Não há proibição legal em ser ateu ou ser religioso. Posso
criticar posições contrárias sempre. Não posso impedir que elas existam, barrar
seus filmes ou documentários, colocar obstáculos a suas palestras. O
autoritarismo tem um exército numeroso. A liberdade tem poucos amigos. Esse é o
argumento que discuti com meu amigo: Não gosta? Não vá! Discorda de algo?
Escreva contra, promova debates e escreva livros e artigos adversários. Isso
faz parte da liberdade de expressão. Quando você deseja impedir que algo ocorra
é porque você ultrapassou o limite da crítica e chegou ao terreno do Grande
Irmão de 1984. Todas as ditaduras, de Hitler a Kim Jong-un, de Mussolini a
Costa e Silva, contaram com os milhões de censores da sociedade. Os regimes
autoritários valem-se da inveja e do ressentimento de muitos para a denúncia, o
ataque e a agressão. A Noite dos Cristais (1938) não foi apenas estatal. A
exposição de “arte degenerada” (1937) teve um público civil imenso. De todo
lado, brotam os pequenos ditadores, sempre invocando a democracia, os bons
costumes e a velha moral. Como na época da Inquisição, os tribunais sempre
contaram com informantes anônimos, guardiães da consciência social. Todo grande
opressor tem milhões de tiranetes imitadores e rancorosos. Todos querem fazer
expurgos, barrar ideias, censurar livros, calar discordâncias. Este artigo
desagradará a muitos grupos radicais de esquerda e de direita. Fico imensamente
feliz com isso. Já pensou se aquele pequeno censor ressentido me
elogiasse?
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