É impressionante o poder que a web exerce sobre as pessoas. Para o bem e para o mal. Já falei de outros casos, mas vamos pensar nisso de novo. Mesmo porque, é um assunto que corre nas nossas veias. Diariamente. Mister Google, eu que o diga! Google, o Tiozinho que tudo responde!
A novela que apresentou a personagem “Carminha” (“Avenida Brasil”, emissora Globo, 2012), conseguiu parar o Brasil: as pessoas discutiram questões sociais e éticas a partir desse enredo, posicionando-se a favor ou contra, discutindo, colocando-se no lugar dos personagens. E isso é ótimo como exercício, onde percebemos nossos valores e posições.
A internet tem disso: dissemina ideias. Mas ei, cuidado: nem tudo “são flores”. O caso de Carolina Dieckmann, que vivenciou a invasão de sua privacidade via “rackers do mal”, não tem perdão. Na verdade, a internet não perdoa. Então, dê-lhe antivírus atualizado, programas de defesa de nossas informações. Não existe mais privacidade? Priva, o que? Sim, daqui a pouco, as próximas gerações talvez não entendam mais essa palavra, e vão fazer aquela cara de “Onde surgiu isso?”, olhando prá quem fala palavras que não são “do seu tempo”, como se essas pessoas fossem “Et´s”. Palavras como telex, mimiógrafo ou vitrola, que não fazem o menor sentido para eles, os mais jovens do hoje... e privacidade, é o que mesmo?
(Prá quem ainda ou já não sabe mais, privacidade, do Dicionário Aurélio: “Intimidade, vida íntima ou particular.” Em tempos de BBB ou Facebook, alguém ainda consegue ter isso?)
E a fama efêmera, como se situa nisso tudo? Quantos desconhecidos tornam-se conhecidos, prá em seguida, tornarem-se desconhecidos, de novo? Alguém lembra da história do mendigo que alcançou a fama (Rafael Nunes)? Ou da menina (Ingrid Migliorini) que leiloou a virgindade (e parece que “roeu a corda”, na hora H, ou seja, voltou atrás)?
Veja a história do mendigo: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2012/10/conheca-a-historia-do-mendigo-que-alcancou-a-fama-apos-ter-foto-divulgada-no-facebook-3923043.html
Será que um dia, no futuro não muito distante, as pessoas perguntarão: “Quem era mesmo, esse tal de Google”? Então, alguém poderá responder: “Dizem que foi um cara que sabia de tanta coisa, mas tanta coisa, que foi assassinado por “queima de arquivo”...
No futuro, a gente se fala de novo. Ou não. Quem viver verá.
2 comentários:
Quero minha privacidade de volta, quero poder me embriagar, pular, correr, dançar, beijar quem eu quiser, falar o que eu quiser, sem o risco imediato de uma camera apontada para mim (e ainda com o desplante de pedirem algo como: "dá pra repetir? é que eu nao peguei do começo").
Ótimo seu comentário, amigo blogueiro! Só enriquece meu post!
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